Crianças que têm contato com a leitura prazerosa no início da infância tendem a ter desempenho superior em testes cognitivos e melhor saúde mental quando entram na adolescência.
O dia 18 de abril foi escolhido para celebrar o Dia Nacional do Livro Infantil. A data é parte integrante do calendário oficial do Brasil desde janeiro de 2002, quando o Congresso Nacional aprovou a comemoração em homenagem ao escritor Monteiro Lobato, que nasceu nesse mesmo dia, em 1882.
A leitura é uma das ferramentas mais poderosas para a interação com o ambiente e também para a nossa compreensão do mundo. Os livros apoiam o desenvolvimento da linguagem, a ampliação de vocabulário, a criatividade, a descoberta do mundo imaginário.
Impactos da Leitura na Infância
Crianças que têm contato com a leitura prazerosa no início da infância tendem a ter desempenho superior em testes cognitivos e melhor saúde mental quando entram na adolescência.
Os benefícios são resultados de uma média de 12 horas por semana de leitura. O hábito de ler contribui para um desenvolvimento da concentração, linguagem oral, memória, raciocínio, compreensão e ampliam a capacidade criativa.
Além da família, a escola também deve estimular a criança e o adolescente a criarem esse hábito. Enquanto a escola cumpre a função de uma leitura mais intencional e pedagógica, a família deve promover uma leitura mais emocional. Ambas devem estar conectadas.
Crianças, adolescentes, adultos e idosos que leem e escrevem com maior frequência têm menos impacto ou consequências cognitivas e socioemocionais de quadros clínicos como depressão, transtorno bipolar, comprometimento cognitivo ou dificuldades de aprendizagem.
Literatura Infantil no Brasil
Monteiro Lobato foi o grande responsável por fundar a primeira editora brasileira, no ano de 1918. Autor de “O Sítio do Pica-Pau Amarelo”, “O Saci”, “A Chave do Tamanho”, entre outras obras infantis reconhecidas, Lobato é considerado o pai da literatura infantil no Brasil. As obras do escritor, que morreu em 1948, foram traduzidas para mais de 10 línguas.
Ana Maria Machado é escritora e jornalista, e foi a primeira autora de literatura infantil a fazer parte da Academia Brasileira de Letras. Seu primeiro livro de literatura infantil publicado foi “Bento que Bento é o Frade”, lançado em 1977. Com o sucesso da obra, nunca mais parou de escrever. Tem mais de cem livros publicados, com mais de 20 milhões de exemplares vendidos, publicados em 20 idiomas. Recebeu dezenas de prêmios, entre eles, 3 Prêmios Jabuti, o mais tradicional da literatura brasileira.
Mauricio de Sousa é um dos mais famosos cartunistas do Brasil, membro da Academia Paulista de Letras e criador da Turma da Mônica, que já estimulou várias gerações de crianças a criarem o hábito da leitura através das histórias em quadrinhos. O cachorro Bidu foi o primeiro personagem publicado no jornal Folha da Manhã, em 1959.
Cartunista, desenhista, jornalista, cronista, chargista, pintor e dramaturgo brasileiro, Ziraldo foi muitos em um só. Em 1980 foi lançado o livro “O Menino Maluquinho”, que fez parte da infância de muitos brasileiros já teve mais de 2 milhões de exemplares vendidos. Serviu de inspiração para peças de teatro, filme, quadrinhos e seriado de TV.
Irena Freitas nasceu em Vitória, no Espírito Santo, mas se mudou para Manaus, onde vive até hoje. A jovem escritora e ilustradora Irena Freitas é formada em jornalismo e estreou na literatura infantil em 2019, com o livro “Manaus” (Edições Barbatana). Pela Companhia das Letrinhas, ela lançou em 2021 “A floresta”, um livro-imagem inspirado pela situação dramática da floresta amazônica.
