O registro de 2024 alerta para as mudanças climáticas extremas que o mundo está enfrentando.
O ano de 2024 foi registrado como o mais quente da história, ultrapassando pela primeira vez o aumento de 1,5°C na temperatura média global em relação aos níveis pré-industriais, conforme dados do centro europeu Copernicus. A temperatura média global foi de 15,10°C, marcando um aumento de 1,6°C e permanecendo acima de 1,5°C por 11 meses consecutivos.
Embora o limite de 1,5°C seja considerado crítico pelo Acordo de Paris, ele é calculado com base na média de 20 anos. No entanto, o registro de 2024 alerta para as mudanças climáticas extremas que o mundo está enfrentando.
O dia mais quente do ano passado foi 22 de julho – quando a temperatura média global atingiu a média de 17,16°C.
A principal causa do aquecimento global é a emissão de gases de efeito estufa, como o dióxido de carbono (CO₂). Em 2024, a concentração de CO₂ na atmosfera atingiu 422 ppm, um aumento de 2,9 ppm em relação a 2023.
- Carlo Buontempo, diretor do Copernicus, reforçou que “2024 foi o ano mais quente desde o início dos registros em 1850”.
- Pedro Camarinha, especialista em desastres, destacou que “o aquecimento global intensifica eventos extremos, como chuvas torrenciais e secas prolongadas”.
O relatório conclui que as alterações climáticas continuam a se intensificar devido ao aumento constante das emissões de gases de efeito estufa. Mesmo com o fim do fenômeno El Niño, as temperaturas permanecem elevadas, exigindo ações mais firmes contra a crise climática.
Principais dados de 2024
- Todos os continentes registraram novos recordes de temperatura.
- O dia mais quente foi 22 de julho, com média global de 17,16°C.
- A temperatura média dos oceanos atingiu 20,87°C, superando todas as marcas anteriores.
- A quantidade de vapor de água na atmosfera também foi a maior já registrada, contribuindo para eventos extremos, como chuvas intensas e tempestades.
Extremos climáticos em 2024
- Chuva e ciclones: A alta temperatura dos oceanos aumentou a evaporação, gerando mais vapor de água e favorecendo chuvas extremas e ciclones tropicais, como os registrados nos Estados Unidos e na Europa.
- Secas e incêndios: A seca no Brasil foi a mais longa da história, enquanto na Califórnia, incêndios devastaram 140 km² em pleno inverno, fora da temporada usual.