Procuradores eleitorais levantam a possibilidade de investigação sobre pedido de votos feito por Lula em favor de Boulos, podendo resultar em multa e até mesmo em acusações de abuso do poder político.
Na última quarta-feira (1º), durante um evento do Dia do Trabalhador, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) pediu votos em apoio a Guilherme Boulos (PSOL) como pré-candidato à prefeitura da cidade de São Paulo, o que despertou a atenção dos procuradores e advogados eleitorais.
“Eu vou fazer um apelo: cada pessoa que votou no Lula em 1989, em 1994, em 1998, em 2006, em 2010, em 2018, em 2022, tem que votar no Boulos para prefeito de São Paulo”, disse o presidente.
Segundo a legislação eleitoral, a propaganda eleitoral é permitida somente após o dia 15 de agosto. No entanto, o pedido feito por Lula pode configurar uma violação dessa norma, sujeitando tanto ele quanto Boulos a multas que variam de R$ 5 mil a R$ 25 mil.
Além disso, há o alerta para o risco de acusações de abuso do poder político, caso haja repetição do pedido de votos durante a pré-campanha e a campanha eleitoral.
Embora seja uma situação incomum, os procuradores ressaltam que a reiteração de tais atos pode levar à cassação de registro de candidatura ou diploma, além de tornar os envolvidos inelegíveis.