Depois do desastre, Porto Alegre já removeu mais de 500 toneladas de lixo da área metropolitana.
Mesmo ainda enfrentando fortes chuvas e alagamentos, o nível da água finalmente começou a baixar no estado do Rio Grande do Sul, e com isso surge um outro grande problema: o lixo.
De acordo com a mais recente medição da Agência Nacional de Águas (ANA), o nível das águas do Guaíba voltaram a baixar durante esta segunda-feira (20). Depois de uma leve alta na madrugada, o lago marcou 4,25 metros durante a tarde.
Porto Alegre anunciou na última sexta-feira (17/5) que o Departamento Municipal de Limpeza Urbana (DMLU) removeu 545 toneladas de resíduos diversos, lodo e entulhos entre os dias 13 e 17.
Primeiro, os materiais são encaminhados para locais destacado dentro de cada bairro, depois são transportados para unidades provisórias de recebimento de resíduos, atualmente em três localizações: na Zona Norte, na Lomba do Pinheiro e na Serraria.
47 toneladas
Um pesquisa da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), em parceria com a empresa Mox Debris, indica que devem ser gerados quase 47 milhões de toneladas de resíduos vindos das cheias.
Segundo a pesquisa, a alta quantidade de lixos é resultado das diversas cheias somadas. A avaliação mostra um total de 400 mil estruturas parcial ou totalmente inundadas no estado, até o dia 6 de maio de 2024.
Das estruturas, 11% já foram gravemente danificadas ou destruídas, e 42% ainda deverão sofrer com danos estruturais, trazendo um total previsto de 19 milhões de toneladas apenas de edifícios destruídos. além disso, aproximadamente mais 5 milhões de toneladas de lixo deverão aparecer, provenientes de móveis e equipamentos industriais.
Veja a expectativa de gerações dos resíduos nas sub-bacias do RS:
- Gravataí: 17.580.000 toneladas
- Sinos: 12.650.000 toneladas
- Guaíba 6.456.000 toneladas
- Taquari: 5.175.000 toneladas
- Caí: 2.238.000 toneladas
- Pardo: 1.770.400 toneladas
- Jacuí: 852.700 toneladas
- Outra: 24.2000 toneladas
Totalizando 46.746.300 toneladas.
Doenças
Além do lixo, as chances de contrair uma doença na água permanece alto e estão associadas a uma série de fatores como: contato prolongado, ferimentos abertos, ingestão acidental e contato com a boca ou nariz.
Os sintomas podem variar de acordo com a doença, sendo os mais comuns diarreia, vômito e mal-estar, podendo se manifestar depois de 24 horas de exposição a doenças como leptospirose, hepatite A, parasitoses intestinais, gastroenterite viral, gastroenterite bacteriana e até dengue.
Como se prevenir:
- Não entrar em contato com a água em caso de ferimentos abertos (caso não seja possível, tapar o local)
- Não ficar submerso na água por mais de 15 minutos
- Usar roupas que cubram todas as partes da pele (calças, botas, luvas)
- Não ingerir a água
- Se a única água disponível para consumo for a da enchente, fervê-la antes