Nesta sexta-feira (24), a imprensa iraniana divulgou que o Estado-Maior das Forças Armadas do Irã não encontrou indícios suspeitos no acidente de helicóptero que matou o presidente Ebrahim Raisi no último domingo (19).
Segundo um relatório militar publicado na quinta-feira (22) pela agência oficial de notícias Irna, “não há impactos de projéteis ou danos semelhantes nos destroços do helicóptero”.
O relatório detalha que o helicóptero seguiu a rota planejada sem se desviar do plano de voo. Além disso, nas comunicações da tripulação com a torre de controle, não foram observados “indícios suspeitos“.
“Depois de colidir com uma montanha, o helicóptero incendiou-se”, declarou as Forças Armadas iranianas.
Após a colisão com uma montanha, a aeronave incendiou-se, causando a morte de Raisi, do ministro dos Negócios Estrangeiros, Hossein Amir-Abdollahian, e de mais seis passageiros.
Forças Armadas iraniana assegurou que um grande número de documentos e provas relativas ao acidente foram recolhidos, necessitando de mais tempo para o exame detalhado de algumas peças e documentos.
A investigação está em andamento, mas até o momento, os dados apontam para um acidente sem causas suspeitas.
A publicação do relatório ocorre em meio a questionamentos de alguns meios de comunicação iranianos, que criticaram as autoridades pelo tratamento dado às informações sobre o acidente e levantaram suspeitas sobre a sua natureza.
Próximas eleições e governo interino
Com a proximidade das eleições presidenciais marcadas para 28 de junho, o vice-presidente Mohammad Mokhber assumirá o Executivo de forma interina até a data das eleições. A liderança interina de Mokhber será crucial para manter a estabilidade política e administrativa do país durante este período de transição.
A nação segue em luto, mas também com um olhar atento para o futuro, especialmente com as eleições presidenciais se aproximando.