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Saúde

Campanha de vacinação contra poliomielite começa em Manaus nesta segunda-feira

Dia D de vacinação será em 8 de junho - Foto: Divulgação/Semsa
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Taxa de vacinação tem estado abaixo da média desde 2016, última vez que o Brasil bateu a meta de 90% de imunização

A campanha de vacinação contra a poliomielite começou nesta segunda-feira (27), na capital amazonense e os alvo da campanha são crianças entre 1 e 4 anos, tendo como objetivo aumentar a cobertura vacinal nessa faixa etária para evitar que o vírus volte a circular no país.

De acordo com a Secretaria Municipal de Saúde (Semsa), todas unidades básicas da rede assistencial terão salas em funcionamento entre os dias 27/05 e 13/06, tendo como o “Dia D” de vacinação em 08/06.

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O que é Poliomielite?

A poliomielite é uma doença aguda e altamente contagiosa causada pelo poliovírus, que causa paralisia e afeta tanto crianças quanto adultos.

A infecção, que ocorre após o contato com fezes ou com secreções eliminadas pela boca das pessoas doentes, se dá muitas vezes pela falta de saneamento, más condições habitacionais e higiene pessoal precária.

As sequelas da poliomielite estão relacionadas com a infecção da medula e do cérebro pelo vírus, normalmente correspondem a sequelas motoras e incuráveis.

Os sinais e sintomas da poliomielite variam desde não haver sintomas até manifestações mais graves, podendo causar paralisia e óbitos.

A maioria das pessoas que foram infectadas não fica doente e não manifesta sintomas, o que faz a doença passar despercebida.

Taxa de Vacinação

Depois de 2015, a taxa de vacinação entre as crianças brasileiras tem estado abaixo da média desde a criação do Programa Nacional de Imunização (PNI), atingindo apenas 70% em 2021, considerado o ano com a pior taxa de cobertura vacinal.

Tabela publicada pela Secretaria de Comunicação Social no ano de 2023, mostrando a taxa de cobertura vacinal desde 2013 até 2022 e a crescente queda de adesão a vacina, a única de prevenir a poliomielite – Fonte: gov.br

 

Em 1994, a Organização Mundial da Saúde (OMS) considerou o vírus da poliomielite erradicado no Brasil, o que causou uma queda percentual contínua na quantidade de crianças vacinadas contra o vírus.

Isso ocorre porque muitas vezes há uma falsa sensação de segurança de que a doença não existe mais ou que não oferece mais riscos a saúde, o que não é verdade, uma vez que o não registro de casos da doença se deve a grande abrangência do esquema vacinal ao longo das décadas.

O vírus pode causar diversas sequelas permanentes para o infectados, como:

  • Problemas e dores nas articulações
  • “Pé torto”, conhecido como pé equino, em que a pessoa não consegue andar porque o calcanhar não encosta no chão
  • Crescimento diferente das pernas, o que faz com que a pessoa manque e incline-se para um lado, causando escoliose
  • Osteoporose
  • Paralisia de uma das pernas
  • Paralisia dos músculos da fala e da deglutição, o que provoca acúmulo de secreções na boca e na garganta
  • Dificuldade de falar
  • Atrofia muscular
  • Hipersensibilidade ao toque

O esquema vacinal contra a poliomielite prevê três doses de vacina, uma aos dois, uma aos quatro e outra aos seis meses de idade, além de duas doses de reforço com a vacina oral, a “gotinha” aos 15 meses e aos quatro anos. Os dois tipos de vacina serão ofertados durante a campanha.

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