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Política

Congresso derruba veto de Lula ao Orçamento sobre “aborto e gênero”

O Congresso Nacional derrubou veto do presidente Lula sobre um trecho da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO). O veto era relacionado com o orçamento do ‘aborto e gênero - Foto: Divulgação
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A votação para a rejeição do veto exigia a maioria absoluta tanto na Câmara dos Deputados quanto no Senado.

Na terça-feira (28), o Congresso Nacional rejeitou o veto do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) a um trecho controverso da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) de 2024.

A cláusula vetada proibia o uso de recursos públicos para promover ou financiar ações relacionadas a aborto, transição de gênero, ocupações de terras, ou quaisquer iniciativas que atentem contra afamília tradicional brasileira.

A derrubada do veto foi coordenada pela oposição, representando uma significativa derrota para o governo Lula.

A emenda “em prol da família tradicional” foi proposta pelo deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP), filho do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), durante a análise da LDO pelo Congresso em 2023.

Na foto, o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), à esquerda, e o deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP), à direita, em sessão para análise de vetos do Congresso – Foto: Divulgação

O relator da LDO, deputado Danilo Forte (União Brasil-CE), criticou a emenda na época de sua inclusão, afirmando que seu conteúdo era muito mais comportamental do que orçamentário.

Para os governistas, a emenda é considerada inútil, uma vez que a lei já proíbe o uso do orçamento federal para atos ilícitos, tarefa que cabe ao Tribunal de Contas da União (TCU) fiscalizar.

A votação para a rejeição do veto exigia a maioria absoluta tanto na Câmara dos Deputados quanto no Senado

Na Câmara, foram 309 votos contra o veto e 107 a favor; no Senado, o resultado foi de 47 votos contra e 23 a favor. Para que um veto presidencial seja derrubado, são necessários ao menos 257 votos contrários na Câmara e 41 no Senado.

O trecho da emenda

O trecho da emenda que foi retomado especifica que é vedado à União realizar despesas que promovam, incentivem ou financiem, direta ou indiretamente:

  • Invasão ou ocupação de propriedades rurais privadas;
  • Ações que influenciem crianças e adolescentes, da creche ao ensino médio, a terem opções sexuais diferentes do sexo biológico;
  • Ações que desconstruam, diminuam ou extingam o conceito de família tradicional, formada por pai, mãe e filhos;
  • Cirurgias em crianças e adolescentes para mudança de sexo;
  • Realização de abortos, exceto nos casos autorizados por lei.

Essa decisão do Congresso evidencia a persistência de questões ideológicas no debate político brasileiro e marca uma clara resistência da oposição em relação às políticas do atual governo.

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