Apesar de regulamentada pela Anvisa, a substância é de uso médico exclusivo tem a venda proibida no Brasil, chegando a custar R$800,00 no mercado ilegal.
Com o recente óbito de Dijdja Cardoso, a cetamina virou um dos assuntos mais comentados nas mídias, mas o que é essa substância e para que ela serve?
O cloridrato de cetamina, também conhecido apenas por cetamina, ketamina ou quetamina (do inglês ketamine) é um anestésico intravenoso usado principalmente para pré-tratamento farmacológico e indução anestésica em humanos, mas que também pode ser ministrado em outros animais como cães, gatos ou até cavalos.
A droga é ministrada em intervenções como: cateterismo cardíaco, debridamentos e enxertos de pele em pacientes queimados, intervenções neurodiagnósticas (como mielogramas e punções lombares), sigmoidoscopia, intervenções diagnósticas e cirúrgicas em olhos, nariz e boca, além de intervenções ortopédicas.
Os efeitos causados são: sedação, imobilidade, alívio da dor, amnésia e distorção das percepções visuais e auditivas. Além disso, a cetamina causa um aumento temporário na frequência cardíaca e na pressão arterial, que duram em 10 a 20 minutos, enquanto os efeitos alucinógenos duram de 30 a 60 minutos.
Nos últimos anos, essa substância também vem sendo utilizada como antidepressivo, após ser descoberto que ela também pode ter efeitos nos casos de DRT (Depressão Resistente ao Tratamento) quando ministrada em doses baixas (não possuindo efeito dissociativo nesses casos).
Com essa finalidade, a cetamina atua nos receptores NMDA do glutamato, proteínas localizadas nas células nervosas do cérebro que ajudam na comunicação entre os neurônios que estão relacionados a funções de aprendizado e memória.
Fora da medicina, o primeiro registro do uso recreativo da droga data da década de 70, nos Estado Unidos, aparecendo depois na década de 90 pelo Reino Unido em clubes noturnos e “raves”.
Recentemente, a cetamina se tornou um nome muito comentado pela morte da ex-sinhazinha do Boi Garantido, Djidja Cardoso, que estava envolvida em uso da droga.
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Segundo o Conselho Federal de Farmácia (CFF), essa substância tem fortes chances de causar dependência quando usada de forma recreativa, podendo causar sequelas e efeitos adversos, desde alterações cardiovasculares, apneia após administração, elevação da pressão intraocular até alterações psicológicas, neurológicas e gastrointestinais.