A nova votação deverá acontecer em dois turnos, o primeiro em 30 de junho e o segundo em 7 de julho, poucas semanas antes dos Jogos Olímpicos de Paris.
O presidente da França, Emmanuel Macron, anuciou neste domingo (9) a dissolução da Assembleia Nacional e a convocação de novas eleições parlamentares, após pesquisas anunciarem derrota.
Segundo o jornal Le Monde, a medida teria sido tomada após uma pesquisa indicar que o partido rival de Macron, o Rassemblement National (RN), estaria a caminho de obter 32% dos votos, mais que o dobro do Renascimento (REM), partido do atual presidente, que consta 15%.
“Esta decisão é séria, pesada. Mas é, acima de tudo, um ato de confiança. Confiança em vocês, meus caros compatriotas. Na capacidade do povo francês de tomar a decisão mais justa”, afirmou o presidente.
O discurso foi televisionado do Palácio do Eliseu uma hora depois da votação ter sido encerrada e das pesquisas de “boca de urna” terem sido divulgadas para a União Europeia. No sistema francês, as eleições parlamentares elegem os 577 membros da câmara baixa, a Assembleia Nacional.
A decisão de Macron é algo possível de ser acionado em uma república democrática semipresidencialista, que é o caso da França, e está presente na Constituição de 1958, tendo ocorrido apenas oito vezes em mais de cem anos.
É importante ressaltar que o parlamento dissolvido não foi o que venceu as eleições deste domingo (que é o parlamento europeu), mas sim o parlamento que venceu as eleições em 2022.