A situação é ainda mais preocupante porque o Rio Negro inicia sua descida em 2024 com o menor nível já medido antes de uma temporada de seca.
O Amazonas está se preparando para uma nova temporada de estiagem que pode ser ainda mais severa do que a de 2023 – considerada a maior seca em 121 anos de medições.
Os primeiros sinais já são visíveis, principalmente pelo nível do Rio Negro em Manaus, um indicador crucial da intensidade da seca na região.
De acordo com as medições recentes do Porto de Manaus, o nível do Rio Negro iniciou seu processo de descida. No dia 16 de junho, o nível se estabilizou em 26 metros e 85 centímetros e permaneceu assim por seis dias consecutivos.
No último domingo (23), o nível desceu 1 centímetro e, nesta terça-feira (25), houve uma nova queda de 1 centímetro, registrando atualmente 26,83 metros.
Para efeito de comparação, no dia 25 de junho de 2023, ano da maior seca registrada, o nível do Rio Negro era de 28,17 metros.
Este ano, o nível está 1,34 metros abaixo do observado na mesma data no ano passado. Essa diferença significativa já é um indicativo da tendência de descida do nível do rio.
A situação é ainda mais preocupante porque o Rio Negro inicia sua descida em 2024 com o menor nível já medido antes de uma temporada de seca. Além do Rio Negro, outros grandes rios da bacia amazônica, como o Amazonas, o Solimões e o Madeira, também estão apresentando diminuição em seus níveis.
A seca de 2023 afetou todos os municípios do Amazonas, causando enormes prejuízos econômicos e impactando a vida de milhares de pessoas. Cientistas atribuem o agravamento do fenômeno sazonal na bacia amazônica à combinação do El Niño e do aquecimento global.
Com a nova temporada de estiagem se aproximando, as autoridades e a população do Amazonas se preparam para enfrentar desafios ainda maiores.