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Proteste identifica pães de forma com teor alcoólico que podem comprometer teste do bafômetro

Proteste notificou Anvisa e Ministério da Fazenda - Foto: Associação Brasileira de Defesa do Consumidor/Divulgação
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Proteste indica que os níveis de álcool muito altos podem ser por conta de conservantes. 

A Associação Brasileira de Defesa do Consumidor (Proteste) publicou um estudo nesta quarta-feira (10/7), apontando que algumas marcas populares de pão de forma têm alto teor alcoólico. Os pesquisadores descobriram que seis desses produtos seriam considerados alimentos alcoólicos, se houvesse essa classificação.

A pesquisa analisou dez marcas de pão de forma disponíveis em supermercados brasileiros:

  • Pullman
  • Visconti
  • Bauducco
  • Wickbold 5 Zeros
  • Wickbold Sem Glúten
  • Wickbold Leve
  • Panco
  • Seven Boys
  • Wickbold
  • Plusvita

O produto analisado da Visconti a porcentagem de álcool encontrada foi de 3,37% e no produto da Bauducco, a porcentagem foi de 1,17%, ambas quantidade suficiente para levar motoristas em flagrante por embriaguez, de acordo com o teste do bafômetro (cujo limite é de 0,04% para infração e 0,33% para crime de trânsito).

Na análise geral, a associação notificou que tanto a Visconti, quanto a Bauducco e a Wickbold 5 Zeros apresentam riscos de um motorista ultrapassar o limite no teste do bafômetro depois de comer duas fatias de pão.

O que acontece é que, segundo a Proteste, 10% de toda a produção de pães no Brasil é perdida por causa de mofo, portanto as empresas costumam usam um tipo de antimofo que é diluído em álcool para aumentar a durabilidade do produto.

Porém, as indústrias estão diluindo uma quantidade maior de conservantes, o que acaba resultando em mais etanol no final do processo, de acordo com a associação.

“Temos a certeza de que esses produtos com elevado teor alcoólico seriam evitados por numerosos consumidores se fosse de seu conhecimento o que pudemos constatar com rigoroso teste. Por isso, criamos a campanha ‘Se tem Álcool, todo mundo tem direito de saber’, porque é nossa obrigação sermos mais transparentes com os consumidores”, explicou Henrique Lian, diretor executivo da Proteste.

Depois da constatação, a Proteste enviou ofícios para o Ministério da Agricultura e para a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), sugerindo a determinação de um percentual máximo de álcool e ações de fiscalização.

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