Total de impostos pagos por empresas e famílias diminuiu especialmente pela queda do IR e CSLL das pessoas jurídicas e ICMS.
Nos últimos meses, as redes sociais foram tomadas por memes que associam o ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT), a um aumento na carga tributária.
Termos como “Taxad” e outras referências a Haddad e taxas se proliferaram e serem compartilhadas no que parece ser um movimento antecipado da direita de olho na eleição de 2026.
De acordo com dados da Receita Federal e do Ministério da Fazenda, todas as esferas do governo arrecadaram R$ 3,521 trilhões em tributos, impostos e contribuições em 2023.
Esse valor corresponde a 32,44% do Produto Interno Bruto (PIB), demonstrando, apesar das críticas, uma redução de 0,64 ponto em relação a 2022.
O imposto de Renda das Empresas (IRPJ) das empresas foi o principal responsável por essa diminuição. A arrecadação deste imposto caiu para 2,34% do PIB, representando uma diminuição de 0,45 ponto percentual em relação ao ano anterior.
Além disso, a Contribuição Social sobre Lucro Líquido (CSLL) das empresas também caiu para 1,34% do PIB, uma redução de 0,2 ponto, uma diminuição de 0,2 ponto percentual.
O Tribunal de Contas da União (TCU) apontou a implementação de 32 novas desonerações fiscais ao longo do ano, que resultaram em uma queda total de R$ 68 bilhões na arrecadação.
Durante uma recente entrevista à imprensa, o vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), Geraldo Alckmin (PSB), fez questão de esclarecer a situação.
“Se pegarmos a carga tributária de 2022 para 2023, ela não aumentou. Pode até dar uma conferida, acho que até caiu”, disse Alckmin. Após buscar os dados na internet, ele confirmou: “Ela não só não aumentou como caiu”.