O gesto tem sido aplaudido por seguidores e admiradores da atleta.
Nesse domingo (28), a jovem skatista brasileira Rayssa Leal, conhecida como “Fadinha“, trouxe uma dimensão extra às Olimpíadas de Paris ao fazer uma ousada declaração de fé cristã em Libras.
Durante a participação, a maranhense de 16 anos sinalizou “Jesus é o caminho, a verdade e a vida“, desafiando a proibição de manifestações religiosas imposta pelo Comitê Olímpico Internacional (COI).
O vídeo com a declaração da fé da atleta viralizou e está sendo compartilhado por anônimos e conhecidos, como o ex-procurador e ex-deputado federal Deltan Dallagnol.
Nas redes sociais, Rayssa frequentemente expressa gratidão a Deus. No perfil do Instagram, em um post fixado, no qual segura o troféu da Street League Skateboarding (SLS), traz a mensagem: “No topo do mundo. Toda honra e glória seja a Deus. Obrigada, time, por todo apoio e amor. Eu amo vocês”.
Este gesto, bem como a recente manifestação em Libras, tem sido aplaudido por seguidores e admiradores.
Polêmicas e contradições
A questão religiosa tem sido um ponto de controvérsia nas Olimpíadas de Paris.
O COI recentemente notificou o surfista brasileiro João Chianca, conhecido como “Chumbinho”, para substituir as pranchas de surf devido à presença da imagem do Cristo Redentor.
Em contraste, a cerimônia de abertura dos Jogos incluiu uma encenação da Santa Ceia com drag queens e o cantor Philippe Katerine quase nu, representando Dionísio, o deus grego do vinho e da festa.
Esta apresentação Santa Ceia, um ícone da fé cristã, gerou indignação global por ser considerada ofensiva, não apenas entre cristãos.
A polêmica sobre a liberdade religiosa nas Olimpíadas não se limita ao Brasil. Comitê francês impediu uma atleta de usar hijab na abertura das Olimpíadas de Paris 2024 na última sexta-feira (26).
A velocista francesa Sounkamba Sylla foi informada de que não poderia participar do evento usando seu hijab, um lenço que faz parte da doutrina muçulmana.
De acordo com o jornal francês “Le Parisien”, o Comitê Olímpico Francês propôs a Sylla que substituísse o hijab por um boné durante o desfile de abertura e a atleta aceitou a sugestão.
O presidente do comitê olímpico, explicou à agência de notícias que os atletas olímpicos franceses são obrigados a seguir os princípios da neutralidade da equipe olímpica do país.