Procurador argumenta que modelo de destinação de recursos fere princípios constitucionais de moralidade e transparência
Nesta quinta-feira (8), o Ministério Público junto ao Tribunal de Contas da União (TCU) protocolou um pedido formal para a suspensão das emendas PIX, um modelo recente de alocação de recursos orçamentários.
O procurador Lucas Furtado, autor da petição, defende que essas emendas violam princípios fundamentais da Constituição, como moralidade, publicidade e eficiência administrativa.
Em petição, Furtado destacou a responsabilidade do TCU em garantir que os princípios constitucionais sejam seguidos rigorosamente na gestão dos recursos públicos.
“Assim como o STF tem a missão institucional de apreciar a constitucionalidade das emendas PIX, o Tribunal de Contas da União também detém a prerrogativa de, nos termos de suas atribuições de controle externo na área orçamentária, zelar pela observância dos princípios constitucionais”, argumentou o procurador.
O procurador expressou preocupação com a falta de transparência e planejamento adequado no uso dos recursos públicos por meio das emendas PIX. Segundo ele, esse modelo de destinação de verbas fere diretamente o princípio da moralidade, que deve ser um norte na administração pública.
O pedido de suspensão das emendas PIX levanta questões sobre a responsabilidade fiscal e a necessidade de um planejamento orçamentário rigoroso.
Caso o TCU acate o pedido, as emendas poderão ser temporariamente suspensas até que se verifique a conformidade com os princípios constitucionais e legais.