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Venezuela sob investigação: TSJ apura irregularidades na eleição presidencial

O ditador venezuelano, Nicolás Maduro - Foto: Miguel Gutiérrez/EFE
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Com atraso na divulgação dos resultados detalhados e denúncias de fraude, a eleição presidencial na Venezuela entra em fase de investigações pelo TSJ.

A eleição presidencial venezuelana de 28 de julho está no centro de uma investigação conduzida pelo Tribunal Supremo de Justiça (TSJ), após o Poder Eleitoral não apresentar dados detalhados por mesa de votação e não realizar as auditorias previstas.

As atas eleitorais dos partidos aliados ao governo de Nicolás Maduro foram entregues à Sala Eleitoral do TSJ nessa sexta-feira (9), conforme anunciado pelo próprio presidente.

Nicolás Maduro afirmou que o Partido Socialista Unido da Venezuela (PSUV) e a coalizão Grande Polo Patriótico de Simón Bolívar, que apoia o governo, possuem a experiência e a organização necessárias para conduzir processos eleitorais e apresentar toda a documentação requerida pela Corte.

Supremo Tribunal de Justiça (STJ) da Venezuela
Supremo Tribunal de Justiça (STJ) da Venezuela – Foto: Divulgação/TSJ Venezuela

Solicitei que minha audiência fosse liberada para ser de conhecimento público, disse Maduro após o encontro com os magistrados.

Desde quarta-feira (7), os 38 partidos que participaram da eleição presidencial e nove dos dez candidatos estiveram em audiências com os juízes da Sala Eleitoral.

O principal candidato da oposição, Edmundo González, foi o único a não comparecer, alegando que a investigação do TSJ invade as funções do Conselho Nacional Eleitoral (CNE), órgão responsável pela condução das eleições no país.

A campanha de González alega que as atas eleitorais que estão em posse indicam vitória, mas o governo afirma que esses documentos foram falsificados, levando o Ministério Público a abrir uma investigação penal contra os responsáveis pela divulgação desses dados na internet.

Enquanto o CNE, tradicionalmente, publicava os dados por mesa de votação, desta vez, os resultados detalhados ainda não foram divulgados, e o site do órgão permanece fora do ar.

O representante do PSUV, o chavista Diosdado Cabello, declarou que, na Venezuela, se dão os resultados e que as atas eleitorais não são publicadas, mas servem como prova em caso de contestação.

A falta de transparência tem gerado críticas internacionais. Brasil, México e Colômbia pediram a publicação completa dos dados eleitorais, reforçando a necessidade de clareza no processo eleitoral venezuelano.

Com o processo investigativo em andamento, a confiança no resultado anunciado pelo Poder Eleitoral é cada vez mais questionada, aumentando a tensão política no país.

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