Um aumento de 190% em relação ao mesmo período do ano passado.
Manaus amanheceu encoberta por camada de fumaça pelo quarto dia consecutivo nesta terça-feira (13), consequência das queimadas que se intensificaram em todo o estado do Amazonas.
Desde o último sábado (10), a capital amazonense tem enfrentado uma neblina densa que afeta diretamente a qualidade do ar, atingindo níveis classificados como “muito ruim” em diversas regiões.
A redução das chuvas e o aumento de desmatamento e queimadas ilegais têm resultado em incêndios em grandes áreas de floresta ou mata. Essa fumaça, rica em material particulado, é levada pelos ventos até Manaus, causando comprometimento na qualidade do ar.
Dados recentes do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) revelam um cenário alarmante: somente nos primeiros 11 dias de agosto, foram registrados 3.043 focos de incêndio no Amazonas, um aumento de 190% em relação ao mesmo período do ano passado, quando foram contabilizados 1.046 focos.
Além disso, julho de 2024 quebrou o recorde de focos de queimadas no estado, com 4.072 registros, superando o recorde anterior de 2.119 focos em julho de 2020.
A situação remete a 2023, quando Manaus também foi coberta pela fumaça das queimadas por dias seguidos, resultando em um aumento significativo de casos de problemas respiratórios entre a população.
Especialistas destacam que a exposição prolongada à fumaça pode agravar doenças respiratórias, como asma e bronquite, além de causar irritação nos olhos, garganta e nariz.
A expectativa é que, sem medidas eficazes de combate aos incêndios e controle das queimadas, a situação em Manaus possa se agravar ainda mais nos próximos dias.
Diante da crítica situação em Manaus devido à densa camada de fumaça que tomou conta da cidade, o prefeito David Almeida anunciou ações emergenciais para enfrentar a crise. Uma das principais medidas é a criação do Comitê de Combate às Queimadas, que será responsável por coordenar todas as iniciativas e respostas necessárias para lidar com a emergência.