Presa em Recife em uma operação que investiga lavagem de dinheiro de jogos ilegais, influenciadora havia sido liberada na segunda (9)
Nesta quarta-feira (11), a advogada e influenciadora digital Deolane Bezerra foi encaminhada para a Colônia Penal Feminina de Buíque, no Agreste de Pernambuco, após ter a prisão domiciliar revogada pela Justiça.
A decisão foi tomada para evitar aglomerações como as que ocorrem durante a breve soltura.
O presídio de Buíque também é conhecido por abrigar as duas mulheres condenadas como “Canibais de Garanhuns”, que chocaram o país ao ser acusadas de matar e vender carne humana dentro de salgados.
Deolane foi inicialmente presa em Recife, em uma operação que investiga um esquema de lavagem de dinheiro proveniente de jogos ilegais, mas teve a prisão revogada após ser flagrada descumprindo medidas cautelares ao falar com a imprensa e fãs.
A Colônia Penal Feminina de Buíque enfrentou um grave problema de superlotação, com capacidade para 107 detentas, mas atualmente abrigando 264 presas, segundo o Sindicato dos Policiais Penais de Pernambuco.
O presídio é dividido em dois pavilhões que acomodam, respectivamente, 70 e 30 detentas, tornando as condições carcerárias ainda mais precárias.
Cronologia da prisão de Deolane Bezerra
No dia 4 de setembro, Deolane foi presa durante a Operação Integração, que mira uma quadrilha acusada de movimentar cerca de R$ 3 bilhões em lavagem de dinheiro oriundo de jogos de azar.
A operação envolveu outros envolvidos, incluindo o empresário Darwin Henrique da Silva Filho, dono da casa de apostas Esportes da Sorte, e a esposa Maria Eduarda Filizola.
Deolane foi acusado de envolvimento direto no esquema após a compra de um Lamborghini Urus S, avaliado em R$ 3,85 milhões, de Darwin.
Segundo a polícia, as transações de compra e venda de carros de luxo foram realizadas para simular a lavagem de dinheiro de jogos ilegais, como o jogo do bicho e apostas esportivas.
Bloqueio de bens e defesa
A Justiça decretou o bloqueio de mais de R$ 3 bilhões em bens dos investigados, incluindo aeronaves, embarcações, imóveis e veículos de luxo.
A influenciada teve R$ 20 milhões bloqueados, e empresa de apostas, aberta em julho com um capital de R$ 30 milhões, também teve R$ 14 milhões bloqueados por suspeita de ser utilizada para lavagem de dinheiro.
A defesa de Deolane publicou uma carta no Instagram alegando ser vítima de preconceito e afirmando que provará a inocência.