Recebido com honras militares, o presidente da china passou em revista as tropas.
O presidente da China, ditador Xi Jinping, cumpre agenda oficial em Brasília nesta quarta-feira (20), reunindo-se com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) no Palácio da Alvorada. A visita ocorre após a participação de Xi Jinping na Cúpula do G20 no Rio de Janeiro, encerrada nessa terça-feira (19).
A chegada de Xi Jinping ao Palácio da Alvorada foi registrada por volta das 10h. O líder chinês veio em carro blindado de um hotel próximo, sendo recebido na entrada pelo presidente Lula e pela primeira-dama, Janja da Silva. Um tapete vermelho foi preparado especialmente para a ocasião.
Recebido com honras militares, o presidente da china passou em revista as tropas e acompanhou, ao lado do presidente Lula, uma formatura do 1º Regimento de Cavalaria de Guardas, do Exército Brasileiro, conhecido como Dragões da Independência.
A reunião ampliada entre as delegações de ambos os países, incluindo ministros de Estado, é um dos pontos centrais da agenda e antecede a assinatura de diversos atos bilaterais.
Segundo o Itamaraty, essa visita marca o cinquentenário das relações diplomáticas entre Brasil e China, além de dar continuidade à viagem oficial de Lula à China em abril de 2023.
A ampliação da parceria estratégica e de novos acordos comerciais é um dos principais objetivos do encontro.
Um dos acordos anunciados nesta semana envolve a exportação de café brasileiro. A Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (ApexBrasil) e o Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC) firmaram um compromisso com a rede chinesa Luckin Coffee para a compra de 240 mil toneladas de café brasileiro entre 2025 e 2029, num valor estimado de US$ 2,5 bilhões.
Este novo acordo amplia o compromisso anterior de US$ 500 milhões, assinado em junho deste ano, que previa a exportação de 120 mil toneladas até o fim de 2023.
Itens mais exportados pelo Brasil para a China
- Soja: US$ 169,2 bilhões;
- Minério de ferro e seus concentrados, não aglomerado: US$ 113,9 bilhões;
- Óleos de petróleo ou de minerais betuminosos, cruds: US$ 94,9 bilhões;
- Carne de gado bovino congelada, desossada: US$ 29,15 bilhões;
- Pastas químicas de madeira, ao bissulfito, exceto pastas para dissolução, não-coníferas: US$ 17,4 bilhões;
- Açúcar de cana, em bruto: US$ 8,9 bilhões;
- Cortes de aves ou outros despojos, congelados: US$ 7,78 bilhões;
- Algodão (exceto fios), não cardado nem penteado: US$ 6,8 bilhões;
- Ferro-ligas: US$ 5,3 bilhões;
- Minérios de cobre e seus concentrados: US$ 2,76 bilhões.