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Política

Na ONU, Lula decide não votar em condenação ao Irã por repressão a mulheres

Lula em discurso que abriu a Assembleia-Geral da ONU de 2023 — Foto: Ricardo Stuckert/Presidência
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A decisão do Brasil gerou questionamentos sobre a postura no cenário internacional.

Nesta última quarta-feira (20), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), decidiu se abster em uma votação da ONU que condenava o Irã pela repressão às mulheres, violência contra manifestantes e aumento das penas de morte pelas autoridades de Teerã.

A resolução, proposta por europeus e norte-americanos, foi aprovada com o apoio de 77 países, incluindo governos de esquerda como Chile, México, Espanha e Colômbia. Mas nenhum dos países integrantes do BricsBrasil, Rússia, Índia, China e África do Sul — votou a favor da publicação.

Lula abre a 79ª Assembleia Geral da ONU. Veja íntegra e principais pontos do discurso
Lula, diante da Assembleia Geral da ONU — Foto: Ricardo Stuckert/PR

Enquanto a Rússia e a China se posicionaram contra a resolução, o Brasil se uniu a 65 países que optaram pela abstenção, entre eles África do Sul, Índia, Emirados Árabes Unidos, Etiópia e Arábia Saudita.

O Ministério das Relações Exteriores (Itamaraty) justificou a abstenção afirmando que, apesar das preocupações com os direitos humanos no Irã, há avanços que devem ser reconhecidos. Entre eles, destacou o acolhimento de mais de 3,7 milhões de refugiados afegãos.

Com base no entendimento de que o Irã está comprometido em fortalecer seus esforços, o Brasil se absterá”, declarou o Itamaraty.

A abstenção nesta votação reflete uma postura recorrente do Brasil em relação ao Irã. Em abril, o país já havia se abstido em uma votação que ampliou o mandato da ONU para investigar os direitos humanos no território iraniano, especialmente após os protestos liderados por mulheres em 2022.

Segundo o Itamaraty, essa abordagem busca evitar o isolamento do Irã, o que poderia intensificar o radicalismo do governo de Teerã e acelerar o desenvolvimento de armas nucleares.

A decisão do Brasil gerou questionamentos sobre a postura no cenário internacional, já que outros países de orientação progressista, como o Chile e a Colômbia, votaram a favor da resolução.

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