Presidente concedeu perdão aos acusados do 6 de janeiro, retirou os EUA da OMS e do Acordo de Paris.
No primeiro dia do segundo mandato, o presidente Donald Trump tomou uma série de decisões que reacenderam debates nacionais e internacionais. Entre as principais medidas, estão a retirada dos Estados Unidos do Acordo Climático de Paris, o congelamento de novas contratações no governo federal e ordens relacionadas à imigração e direitos civis.
Entre as ações mais destacadas de Trump nesta segunda-feira (21), estão:
- Perdão aos envolvidos no ataque ao Capitólio em 6 de janeiro de 2021: Trump anunciou que cerca de 1.500 pessoas receberam um “perdão total, completo e incondicional”.
- Extensão do prazo para o TikTok: Foi assinada uma ordem executiva concedendo mais tempo à empresa controladora do TikTok para encontrar um novo proprietário, sob risco de ser proibida nos EUA.
- Revogação de medidas da era Biden: Entre as 78 ordens executivas rescindidas estão as que ampliavam proibições de discriminação sexual, permitiam a participação de pessoas transgênero nas forças armadas e proibiam a renovação de contratos com prisões privadas.
- Emergência na fronteira sul: Trump declarou emergência nacional, autorizando o uso de recursos do Pentágono para retomar a construção do muro na fronteira com o México.
- Saída da OMS: O presidente retirou os EUA da Organização Mundial da Saúde (OMS), justificando sua insatisfação com a gestão da pandemia de Covid-19 e os custos para o país.
- Congelamento de contratações no governo federal: Uma nova ordem executiva estabeleceu o congelamento de novas contratações e formalizou o Departamento de Eficiência Governamental como parte do governo.
Acordo Climático de Paris
Trump retirou os EUA novamente do Acordo Climático de Paris, posicionando o país ao lado de Irã, Líbia e Iêmen como os únicos fora do pacto global de 2015. O acordo, assinado por quase 200 nações, busca limitar o aquecimento global a 1,5°C ou, no máximo, 2°C, com metas individuais para cada país.
Perdão a manifestantes do Capitólio
Trump concedeu perdão a praticamente todos os acusados de envolvimento no ataque de 6 de janeiro. O decreto abrange aproximadamente 1.500 pessoas, incluindo cerca de 600 indivíduos condenados por agressões a policiais ou por interferir em ações policiais durante o motim.
A medida vai além do que muitos esperavam, incluindo aliados republicanos. O vice-presidente JD Vance e o presidente da Câmara, Mike Johnson, sugeriram que apenas infratores não violentos deveriam ser perdoados. Apesar disso, Trump justificou a decisão como um “perdão total”.
Saída da OMS
O presidente também oficializou a retirada dos EUA da Organização Mundial da Saúde, retomando a posição de 2020. Na justificativa, Trump afirmou que a OMS não realizou as reformas necessárias, falhou na gestão da pandemia e sofre influência política indevida de alguns estados-membros.
“Essa é uma grande questão”, disse Trump ao assinar a ordem, mencionando a insatisfação com os valores pagos pelos EUA à organização em comparação com outros países.