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Confronto entre torcidas no Recife deixa feridos e destruição nas ruas

Um homem é cercado e espancado por torcedores do Santa Cruz, que arrancam as roupas e o atacam violentamente. - Foto: Reprodução/X
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Vídeos divulgados nas redes sociais mostram momentos de extrema brutalidade, incluindo agressões, correria, explosões e atos de depredação.

O clássico entre Santa Cruz e Sport, pelo Campeonato Pernambucano, ficou marcado por intensos confrontos entre torcidas organizadas e atos de vandalismo em Recife e cidades vizinhas. Apesar do cenário de violência, a partida foi mantida e terminou com vitória do Santa Cruz por 1 a 0 no Arruda.

Ao menos 12 pessoas ficaram feridas, sendo que três delas precisaram ser internadas no Hospital da Restauração, na região central da cidade.

A Polícia Civil informou que 14 pessoas foram detidas devido a brigas em diferentes bairros da capital pernambucana. Além disso, três indivíduos foram presos em Paulista, na Região Metropolitana, ao tentarem invadir um terminal de ônibus.

No Cabo de Santo Agostinho, outros três foram flagrados em um confronto com uso de explosivos.

Cenas de violência e vandalismo

Vídeos divulgados nas redes sociais mostram momentos de extrema brutalidade, incluindo agressões, correria, explosões e atos de depredação. Há registros de torcedores portando pedras e pedaços de pau enquanto cometem ataques (veja vídeo abaixo).

Um homem é cercado e espancado por torcedores do Santa Cruz, que arrancam as roupas e o atacam violentamente. Mais de dez pessoas participam da agressão, e em determinado momento, um motociclista arremessa a moto sobre a vítima.

Saques a supermercados e lojas nos bairros da Madalena e Encruzilhada também aconteceram, além de tumulto e explosões na Rua Real da Torre, na Zona Oeste do Recife.

Reação das autoridades

O governo estadual havia determinado um reforço policial para o jogo, com um efetivo de 645 agentes de segurança.

Após os episódios de violência, a governadora Raquel Lyra afirmou que está acompanhando de perto as ações das forças de segurança e planeja discutir o caso com representantes do Poder Judiciário e do Ministério Público.

Nas redes sociais, Raquel Lyra condenou os atos de violência e garantiu que os responsáveis serão punidos:

“Estou trabalhando com a equipe do governo desde o primeiro momento e tomando as devidas providências para punir os vândalos responsáveis pela barbárie vista mais cedo no Recife. Os verdadeiros torcedores e a população não podem e não vão ficar acuados pelos que usam o futebol para praticar violência”.

O prefeito de Recife, João Campos, também se manifestou, defendendo medidas rigorosas contra os envolvidos nos confrontos:

“O que vimos hoje foram cenas criminosas no confronto entre vândalos que usam o futebol para praticar violência. É urgente a identificação e uma punição severa para esses delinquentes! Futebol não é isso”.

Decisão de manter o jogo

Apesar da onda de violência, o presidente da Federação Pernambucana de Futebol (FPF), Evandro Carvalho, decidiu manter a realização do clássico. Ele argumentou que cancelar a partida poderia agravar ainda mais os conflitos:

Não faz sentido cancelar o jogo porque joga gasolina na fogueira. O jogo tem que acontecer para reduzir a violência.”

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