Roubo aconteceu no dia 28 novembro, no Porto do São Raimundo, em Manaus
Os policiais militares, tenente José Ricardo Martins e o terceiro sargento Everson Socorro Pereira, foram presos na manhã de sexta-feira (12/01) durante operação do Departamento de Investigação sobre Narcóticos (Denarc). Um outro sargento está foragido e outros dois agentes foram alvos de mandados de busca e apreensão. Eles são lotados na 29ª Companhia Integrada Comunitária (Cicom) da capital.
Com eles foram apreendidos R$ 70 mil em espécie e duas armas. Os militares são suspeitos de terem desviado uma remessa de 250 kg de cocaína avaliados em R$ 5 milhões.
O roubo aconteceu no dia 28 novembro, no Porto do São Raimundo. Segundo as investigações, o Departamento de Investigação sobre Narcóticos da Polícia Civil do Amazonas (Denarc) monitorava um carregamento de cocaína, que saiu do Peru com destino à capital do Amazonas.
A droga passou por Tabatinga, na Tríplice Fronteira, e chegou em Manaus no dia 28 de novembro. O Denarc isolou a área para fazer a apreensão na manhã do dia 29.
No dia seguinte, quando as equipes do departamento chegaram ao local, foram informadas pelo dono do porto que a PM já havia recolhido a droga. Segundo o homem, os agentes estavam fardados e em uma viatura oficial da polícia.
O Denarc, então, iniciou a investigação e descobriu o nome dos cinco agentes envolvidos no crime. A polícia pediu a prisão preventiva de três suspeitos e também solicitou um mandado de busca e apreensão contra os outros dois, o que foi decretado pela Justiça e cumprido nesta sexta.
Na casa de um dos agentes, os investigadores encontraram R$ 70 mil em dinheiro vivo, dentro de um fundo falso de uma gaveta.
No início da tarde, os dois policiais presos passaram por audiência de custódia no início da tarde, e serão encaminhados para o Batalhão de Guarda da PM. Já o outro policial segue foragido.
Em nota Polícia Militar do Amazonas (PMAM) disse que, além do processo criminal, o caso será apurado pela instituição e que um procedimento administrativo será instaurado. A PMAM reforça que não compactua com quaisquer práticas ilícitas de seus agentes.