A entrega do passaporte foi feita após o ex-presidente ser alvo de operação da PF na semana passada
A defesa de ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) solicitou ao ministro Alexandre de Moraes a devolução do passaporte e a permissão para Bolsonaro voltar a falar com os demais investigados.
Os advogados de Bolsonaro argumentam que não foi apresentado indício para justificar a alegação de risco de fuga. Os defensores acrescentam que o ex-presidente colabora de “maneira irrestrita” com as investigações e se apresentou às autoridades sempre que solicitado.
A Devolução foi solicitada para Bolsonaro ir a um evento nos Estados Unidos com Trump. O ex-presidente quer participar da Ação Política Conservadora (CPAC, na sigla em inglês), que ocorrerá de 21 a 24 de fevereiro. Trump é anunciado como a principal estrela que estará presente na página oficial do evento.
A medida foi imposta pelo STF e, de acordo com integrantes do PL, causa sérios prejuízos a organização da campanha eleitoral deste ano. O presidente do partido, Valdemar Costa Neto, também é suspeito de participar da tentativa de golpe e o principal cabo eleitoral está impedido de falar com o chefe da sigla.
A entrega do passaporte foi feita após o ex-presidente ser alvo de operação da PF na semana passada. A PF saiu às ruas para cumprir mandados contra um grupo que teria planejado um golpe após as eleições que deram vitória a Lula. Bolsonaro foi alvo de mandados de busca e apreensão.