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Saúde

Amazonas deve ter 1.800 casos de câncer do colo de útero até 2026

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SUS oferece gratuitamente exames preventivos para identificar as lesões iniciais que podem evoluir para a doença

Terceira maior causa de mortes prematuras femininas no país, o câncer do colo do útero feminino é um desafio nacional e, no estado do Amazonas, deve ter mais 1.800 novos casos até 2026, exigindo o fortalecimento da política de vacinação contra a doença e dos diagnósticos precoces.

Os dados são do do Instituto Nacional de Câncer (Inca) que projeta para todo país, no mesmo período, 51 mil ocorrências. Números que poderiam ser reduzidos com a adoção de mecanismos de controle, como vacinação e rastreio, mas que esbarram nas desigualdades sociais e regionais no país.

A última Pesquisa Nacional de Saúde revelou que a taxa de rastreamento da doença, causada por alguns tipos Papilomavírus Humano (HPV), é menor em mulheres de baixa escolaridade, pardas e negras. A constatação espelha a desigualdade a que estão sujeitas as mulheres na América Latina e no Caribe, que acumulam 80% das ocorrências nas Américas.

Foto: Internet

Sensibilização e acesso

A campanha Março Lilás é promovida para dar visibilidade à importância dos exames de rotina que podem identificar alterações causadas pelo HPV e podem evoluir para o câncer. O Sistema Único de Saúde (SUS) oferece gratuitamente, nas Unidades Básicas de Saúde, o exame citopatológico, conhecido como exame preventivo.

Identificar lesões precursoras garante a não evolução para o câncer. A Organização Mundial da Saúde (OMS) estima que seria possível reduzir entre 60% e 90% das ocorrências aumentando o rastreamento da população feminina para, ao menos, 80% das mulheres. Por ser uma doença sexualmente transmissível, o uso da camisinha nas relações sexuais é um importante método de prevenção, além da vacina ofertada gratuitamente pelo SUS, que é a tecnologia que garante maior proteção.

A recomendação do imunizante é para jovens entre 9 e 14 anos, além da população imunossuprimida (vivendo com HIV/aids, submetidos a transplantes de órgãos sólidos/medula óssea e pacientes oncológicos), de 15 a 45 anos. Desde 2020, a OMS trabalha com a meta de eliminar o câncer de colo de útero e o classifica como um problema de saúde pública mundial.

Foto: Internet

Sintomas que precisam ser investigados:

  • Sangramento e secreção vaginal anormal;
  • Dor abdominal associada com queixas urinárias ou intestinais;
  • Sangramento menstrual mais prolongado;
  • Sangramento após a relação sexual e dores durante a relação.

Lembrando que os sintomas podem ser provocados no por outras condições além do câncer de colo de útero, por contar disso, é necessário procurar um médico ginecologista imediatamente.

Também é recomendado que após o início da atividade sexual, seja realizado o exame preventivo (Papanicolau), repetindo o processo anualmente.

Há fatores que ajudam a prevenir:

  • Utilizar preservativos durante as relações sexuais;
  • Estar com a vacina do HPV em dia;
  • Higiene íntima diária;
  • Educação sexual;
  • Não fumar.

Serviço

A gerente de Imunizações da Semsa, Isabel Hernandes, explica que a vacina contra o HPV pode ser recebida em 171 salas de vacina da rede, cujos endereços e horários de funcionamento estão listados no link bit.ly/salasdevacinamanaus. As crianças e adolescentes de 9 a 14 anos devem estar acompanhadas de um adulto responsável, portando documento oficial de identificação e caderneta de vacina.

“Todos os nossos jovens devem receber essa vacina, tanto a menina quanto o menino. O imunizante é administrado em duas doses, sendo que a segunda deve ser recebida após o intervalo de seis meses da primeira”, disse Isabel. Os imunossuprimidos de até 45 anos de idade também podem receber o imunizante, mediante apresentação de um documento que comprove sua condição de saúde.

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