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Meio Ambiente

Amazônia e Pantanal em alerta: Seca e incêndios batem recordes no governo Lula

No Governo Lula, incêndios e seca na Amazônia e no Pantanal chegam a marcas históricas - Foto: Clóvis Haniel/Arte/Rede MLC
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Governo Lula enfrenta registros de incêndios e secas, mas soluções concretas ainda não aparecem.

O Brasil está vivendo um dos momentos mais críticos em termos ambientais sob o governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Nos últimos dois meses, incêndios e secas devastaram a Amazônia e o Pantanal, atingindo níveis históricos que superam até os mesmos momentos registrados durante a gestão de Jair Bolsonaro, duramente criticada por Lula em relação à política ambiental

Dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) mostram que estados da Amazônia Legal concentraram mais de 80% dos focos de incêndio nas últimas 24 horas, com o Amazonas registrando 6.054 focos de incêndio apenas em setembro, acumulando mais de 21 mil desde o início faça ano. 

Este número já ultrapassa o recorde de 2022, quando 21.217 focos foram registrados ao longo de todo o ano.

Acre é um dos seis estados com mais queimadas no Brasil em setembro – Foto: Divulgação

No Acre, a situação também é alarmante, com mais de 3 mil focos registrados em setembro. O volume de incêndios levou o Ministério Público (MP) do estado a entrar com uma ação civil pública exigindo que o governo adote medidas urgentes de combate às queimadas, como a criação de uma força-tarefa, a proibição do uso de fogo na agricultura e o aparelhamento das equipes de combate

Mesmo com essas medidas emergenciais sugeridas, o silêncio do governo federal em relação ao combate efetivo aos incêndios é notável.

Mato Grosso, que abriga os biomas Amazônia, Cerrado e Pantanal, também está em estado crítico. Apenas no último domingo (22), brigadistas lutaram contra mais de 50 focos de incêndioAs terras indígenas da região também foram afetadas pelo fogo. 

Indígenas de MT lutam por sobrevivência após um mês de queimadas – Foto: Divulgação

Além dos incêndios, a seca agrava a crise ambiental. O Rio Paraguai, a 250 quilômetros de Cuiabá, atingiu o nível mais baixo de água dos últimos dois anos, cerca de 35 cm de profundidade.

Na Amazônia, o Rio Negro, em Manaus, chegou à marca de 14,5 metros, reafirmando o cenário de seca extrema. Em diversas outras localidades, como Tabatinga e Manacapuru, rios atingiram níveis historicamente baixos.

Segundo o coordenador do Sistema de Alerta Hidrológico do Serviço Geológico Brasileiro (SGB), Artur Matos, várias regiões da Amazônia e do Pantanal estão em seca extrema.

“No braço direito do Amazonas e do Pantanal temos vários pontos que já atingiram seca extrema e também mínima histórica. O Rio Acre, na cidade de Rio Branco, já atingiu a mínima histórica”, disse Matos.

 

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