O corredor de fumaça se espalha e afeta 10 estados
A partir desta quarta-feira (21), os ventos frios trazidos por uma nova frente fria devem aumentar o volume de fumaça na Amazônia, piorando a qualidade do ar em várias regiões do país.
O céu cinza e a dificuldade em respirar refletem a gravidade da crise ambiental que se espalha pelo Brasil.
A Amazônia enfrenta o maior número de focos de fogo em 17 anos, somando 59 mil desde janeiro, o maior índice desde 2008.
E o cenário pode piorar, pois os dados são atualizados mês a mês, e agosto ainda não chegou ao fim. A floresta amazônica está em chamas, e a combinação do fogo com a seca que assola mais de mil cidades brasileiras.
A fumaça liberada pelas queimadas não fica restrita à Amazônia. Ela viaja milhares de quilômetros e contribui para uma densa camada cinza que cobre grandes partes do Brasil.
Esse corredor de fumaça também incorpora partículas das queimadas no Pantanal, de Rondônia — especialmente no Parque Guajará-Mirim —, e até da Bolívia, agravando ainda mais a situação.
Até agora, registros de fumaça foram confirmados nos estados do Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Mato Grosso do Sul, Mato Grosso, Acre, Rondônia, oeste do Paraná, parte de Minas Gerais, trechos de São Paulo e no Amazonas.