Os três países, Azerbaijão, Rússia e Cazaquistão, abriram investigações criminais pra apurar essa queda.
Um avião que viajava do Azerbaijão para a Rússia caiu nesta quarta-feira (25), matando 38 pessoas. A aeronave, que transportava 62 passageiros e cinco tripulantes, perdeu altitude perto de Aktau, no Cazaquistão, do outro lado do Mar Cáspio.
Equipes de resgate localizaram 29 sobreviventes, incluindo duas crianças, que foram levadas para hospitais na região. O governo do Azerbaijão decretou luto oficial por um dia e o presidente russo Vladmir Putin prestou condolências aos familiares das vítimas.
A Rússia enviou pro local do acidente uma equipe de médicos e psicólogos, pra ajudar no atendimento dos sobreviventes – e também para repatriar os cidadãos do país.
A aeronave partiu de Baku, capital do Azerbaijão, com destino a Grozny, no sul da Rússia. A rota deveria atravessar a Cordilheira do Cáucaso, mas o piloto desviou para Aktau devido a forte neblina, segundo autoridades russas.
A avaliação preliminar da agência reguladora da Rússia dá poucos detalhes: afirma que o avião se chocou com um bando de pássaros, o que causou uma emergência a bordo e, por isso, o piloto decidiu voar para Aktau.
Os três países, Azerbaijão, Rússia e Cazaquistão, abriram investigações criminais para apurar essa queda.
Imagens registradas por testemunhas mostram o avião descendo em alta velocidade antes de colidir com o solo, provocando uma explosão.
Outro vídeo interno da cabine mostram passageiros usando máscaras de oxigênio, sugerindo uma possível despressurização antes da queda. Ainda não se sabe se a situação pode estar ligada a ataques com drones no sul da Rússia, que fecharam um aeroporto próximo à rota original da aeronave.
A Embraer divulgou um comunicado manifestando condolências às famílias afetadas pelo acidente, e declarou que está acompanhando de perto a situação e que continua totalmente empenhada em apoiar as autoridades competentes.
Décio Corrêa, presidente do Fórum Brasileiro de Transporte Aéreo, levantou uma hipótese sobre o acidente no Cazaquistão. “A queda em bico e praticamente em queda livre pode indicar um dano severo ou falta de ação dos tripulantes“, disse.
As investigações seguem em andamento, enquanto as famílias das vítimas aguardam respostas sobre o que provocou a tragédia.