Após desmoronamento, equipe do Serviço Geológico do Brasil investiga causas e possíveis novos riscos na área.
Pesquisadores do Serviço Geológico do Brasil (SGB) estão realizando uma avaliação pós-desastre no Porto da Terra Preta, localizado em Manacapuru, após o deslizamento de terra que ocorreu na última segunda-feira (7). O objetivo da equipe é identificar possíveis riscos remanescentes na região atingida e determinar as causas exatas do desmoronamento.
Segundo o coordenador da equipe, o geólogo Marco Antônio Oliveira, as primeiras análises realizadas nesta quarta-feira (9) indicam que o deslizamento ocorreu em uma área aterrada sobre a várzea.
“Um grande aterro foi feito ali para a construção do porto, e esse aterro é que ruiu, mobilizando um volume aproximado de 2 milhões de metros cúbicos, um volume bastante grande. A pergunta é saber se realmente atingiu apenas o aterro ou se houve também um problema de ruptura na base do aterro, ou seja, na praia da várzea”, explicou Oliveira.
O geólogo acrescentou que os trabalhos devem continuar nessa quinta-feira (9), incluindo um levantamento batimétrico no rio, para determinar o volume de terra deslocado e o possível impacto da dinâmica do rio no desastre.
Segundo Marco Antônio Oliveira estão sendo utilizados equipamentos especializados, como drones e ecobatímetros, além de inspeções visuais detalhadas, capazes de identificar alguns fatores que desencadearam esse tipo de movimento de massa.
De acordo com o geológico, o relatório final da investigação deverá ser concluído em 30 dias, fornecendo um diagnóstico completo das causas e a avaliação de novos riscos para a área afetada.