Levantamento aponta que estados como São Paulo, Minas Gerais, Amazonas, Acre, Rondônia, além do Distrito Federal, enfrentam as consequências das queimadas.
O Amazonas enfrenta um aumento significativo nas queimadas, que provoca novas ondas de fumaça. No último sábado (24), foram registrados mais de 7 mil focos de calor, superando os 4 mil do mês de agosto de 2023.
Segundo o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), em julho, o estado alcançou o maior número de queimadas dos últimos 26 anos.
O Corpo de Bombeiros destaca que muitos incêndios em áreas de vegetação são causados por ação humana, principalmente no sul do Amazonas, onde há uma significativa presença da pecuária.
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Os efeitos das queimadas também foram sentidos em outras regiões do país: a fumaça resultante dos incêndios chegou até a Região Sul do Brasil.
Simultaneamente, o Amazonas enfrenta uma previsão de seca intensa semelhante ou até pior do que a de 2023, a mais severa registrada na história do estado.
Segundo dados divulgados pelo governo estadual em agosto, a seca já afeta quase 290 mil pessoas. Atualmente, 20 dos 62 municípios estão em situação de emergência.
Brasília e São Paulo
Neste domingo (25), Brasília amanheceu coberta por fumaça vinda de queimadas em diversas regiões do país. Outras capitais do Centro-Oeste, como Goiânia, e do Sudeste, como Belo Horizonte, também registraram o mesmo fenômeno.
Após a análise das imagens de satélite, o Corpo de Bombeiros Militares do Distrito Federal (CBMDF) afirmou que a densa fumaça é intensificada pelas queimadas que ocorrem no estado de São Paulo, trazida por ventos favoráveis.
Os dados do governo do estado de São Paulo, atualizados neste domingo (25), mostram que 21 cidades paulistas têm com focos de incêndio ativo e 46 municípios estão em alerta máximo para o fogo.
A falta de chuvas, comum nesta época do ano na região central do país, e a baixa umidade facilitam o surgimento de queimadas e contribui para que as partículas de fumaça pairem no ar. Em Brasília não chove há mais de 120 dias.
Além disso, apenas no Distrito Federal, mais de 4 mil ocorrências de incêndios foram registradas de janeiro até agosto deste ano. As queimadas já consumiram 8.893 hectares de vegetação, o que equivale a quase 9 mil campos de futebol.
Nesta semana, as imagens obtidas pelo Centro de Previsão do Tempo e Estudos Climáticos alertam uma concentração do monóxido de carbono sobre uma faixa que se estende do Norte do Brasil até as regiões Sul e Sudeste, passando sobre o Peru, Bolívia e Paraguai.