Neste Mês da Mulher, período histórico dedicado à conscientização da sociedade sobre a luta feminina em prol de direitos fundamentais, uma pesquisa sobre Equidade de Gênero realizada pela Avon Global entre os dias 14 e 17 de fevereiro deste ano — em oito países, incluindo o Brasil — revela como as brasileiras percebem a desigualdade entre homens e mulheres, especialmente em relação ao mercado de trabalho e ao empreendedorismo. De acordo com 9 em cada 10 entrevistadas do país para o estudo, estereótipos, geralmente favoráveis aos homens, são uma barreira para a igualdade de oportunidades para a população feminina. Elas também apontam que a disparidade está presente, principalmente, na falta de flexibilidade para conciliar trabalho, maternidade e responsabilidades domésticas (63%), discrepância salarial (61%), possibilidades de emprego (39%) e habilidades para começar seu próprio negócio (34%).
“Ter presença feminina no cerne do negócio faz com que a Avon promova iniciativas como esse estudo, que indica que as brasileiras percebem, em suas vidas, como desigualdade entre gêneros impacta fortemente o desenvolvimento socioeconômico do país e do mundo”, afirma Daniel Silveira, presidente da Avon no Brasil. “Estamos completando 65 anos de atuação local e o resultado dessa pesquisa vem para reforçar que seguimos no caminho certo, incentivando e proporcionando condições favoráveis para o empreendedorismo feminino, que é onde mais de 1 milhão de brasileiras têm gerado renda a partir da venda por relacionamento, e oferecendo flexibilidade para mulheres equilibrarem suas demandas pessoais e profissionais”, completa o executivo.
Além de um panorama recente sobre a percepção das mulheres sobre equidade de gênero, a pesquisa é um convite a mais debates e escuta ativa da população feminina sobre suas percepções e principais necessidades. “É uma provocação para que outros agentes corporativos, assim como a Avon, assumam sua responsabilidade social de contribuir com a transformação da realidade das mulheres. Dessa maneira, será possível reduzir barreiras que enfrentam no alcance de independência financeira e apoiá-las para que possam viver de forma plena, livre e justa”, ressalta Silveira.
“A desvantagem no âmbito profissional impacta diretamente no acesso a outros direitos da população feminina. Para além do sustento, a autonomia financeira oferece mais possibilidades de escolha em todas as áreas de suas vidas, podendo contribuir para reduzir, inclusive, as chances de ficarem reféns de situações que violem direitos fundamentais, como saúde e segurança — principal foco de trabalho do Instituto Avon, braço social da marca no Brasil”, afirma Daniela Grelin, diretora executiva do Instituto Avon. No ano em que a Avon comemora 65 anos, o Instituto Avon celebra 20 anos de existência e atuação em prol dos direitos das mulheres nas causas da atenção ao câncer de mama e do enfrentamento às violências contra meninas e mulheres. Desde 2003, já investiu mais de R$ 180 milhões em mais de 400 projetos, impactando positivamente mais de 5 milhões de brasileiras e engajando mais de 120 empresas nas causas que atua.
Mercado de trabalho permanece mais favorável aos homens
O levantamento aponta que as mulheres percebem, também, que o mercado de trabalho no Brasil ainda favorece profissionais homens, tanto no aspecto financeiro, quanto em oportunidades e reconhecimento profissional. Cerca de 65% das participantes do estudo enxergam maior representatividade masculina em posições de liderança e 46% acreditam que é mais difícil para mulheres alcançarem a independência financeira. Elas também consideram mais desafiador conseguir um emprego (45%), ter uma carreira (46%), serem promovidas (56%) e conquistarem um aumento salarial (61%). Além disso, as brasileiras observam que homens são mais beneficiados em termos de remuneração (67%) e que trabalhos domésticos recaem mais sobre as mulheres (47%).
As nordestinas são as que mais observam obstáculos nessa área. Um recorte específico para esta região trazido pelo estudo mostra que a diferença mais aguda observada por elas é no alcance a cargos de líderes, quando aproximadamente 70% apontam esse fator como mais difícil para a população feminina. Acima de todos os índices nas regiões do Brasil, mais de 50% das mulheres do Nordeste também destacam conseguir um emprego, ter uma carreira e ser capaz de ser financeiramente independente como um impeditivo de gênero.
Oportunidades no empreendedorismo
Ter o próprio negócio pode ser uma alternativa para o público feminino que busca mais autonomia profissionalmente, principalmente diante de um cenário em que 82% gostariam de ter mais flexibilidade no ambiente de trabalho; 87% desejam aumentar seus ganhos financeiros, seja por meio de uma nova fonte de renda ou por meio do atual emprego; e 69% querem ter mais controle sobre suas finanças.
No entanto, ser mulher ainda é um empecilho para empreender, de acordo com as participantes da pesquisa. Pelo menos 49% relataram perceber mais obstáculos para ter um negócio próprio em comparação aos homens. Se forem negras, esse número chega a 61%, e indígenas, a 60%. Globalmente, esse número é um pouco menor, atingindo 35% das entrevistadas. Isso ocorre, especialmente, por falta de capital inicial (60%), medo do fracasso (37%) e por não saberem como começar a empreender (35%), de acordo com as brasileiras. Já para as estrangeiras, o receio de falhar é a principal dificuldade (44%), seguida da falta de conhecimento sobre como iniciar um negócio (36%) e falta de conhecimento de mercado (34%).
Neste contexto, a venda por relacionamento destaca-se como oportunidade acessível para aquelas que desejam construir uma carreira no empreendedorismo. De acordo com dados de 2021 da Associação Brasileira de Empresas de Vendas Diretas (ABEVD), 57,8% dos empreendedores do setor são mulheres no Brasil. Além disso, a categoria de Cosméticos e Cuidados Pessoais é uma das com maior atuação e contempla 52% das vendas diretas no país.
Para o levantamento, intitulado The Global Progress for Women Report, foram entrevistadas mais de 7 mil mulheres de oito países — Reino Unido, Polônia, Romênia, Itália, África do Sul, Turquia, Filipinas e Brasil, este último onde a empresa contou com a parceria da Red Consultancy para aplicar o questionário. No território brasileiro foram ouvidas 1.026 mulheres em todas as regiões do país e o resultado contempla critérios como estado, escolaridade, renda, faixa-etária, étnico-racial e condições de emprego. Localmente, o estudo teve curadoria e acompanhamento da Coordenação de Pesquisa e Impacto do Instituto Avon, braço social da marca no país.
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É importante dizer que o SEBRAE tem todas as informações necessárias para que as mulheres empreendedoras não comecem com erros que podem significar o fechamento não só das portas do empreendimento, mas de sonhos.
É importante ter veia empreendedora, mas ter informações é mais fundamental ainda para começar negócios sólidos e longevos.
Até a próxima!