Defensores da influenciadora alegam conflito de competência em habeas corpus, enquanto a OAB-SP monitora infrações profissionais.
Detida na última quarta-feira (4) em Recife, Pernambuco, por suposto envolvimento em um esquema de lavagem de dinheiro e jogos ilegais, Deolane permanece na Colônia Penal Feminina do Recife, conhecida como ‘Bom Pastor’.
O advogado Carlos André Dantas, responsável pela defesa de Deolane, rebateu informações de que a cliente poderia ser liberada na sexta-feira (6), afirmando que há um “conflito de competência” no julgamento do habeas corpus, devido ao fato de um outro advogado ter impetrado o pedido anteriormente.
“Há um imbróglio. Como qualquer advogado pode impetrar habeas corpus, um outro advogado impetrou antes de mim. Ele até desistiu, mas isso acabou gerando um conflito de competência. O habeas corpus que impetrei ainda não foi julgado”, explicou Dantas.
Além de Deolane, outras 18 pessoas foram alvos da Operação Integration, que mobilizou 170 agentes em diversas cidades, como Campina Grande (PB), Barueri (SP), Cascavel (PR), Curitiba (PR) e Goiânia (GO), além de Recife.
OAB se posiciona
A Ordem dos Advogados do Brasil, seção São Paulo (OAB-SP), divulgou uma nota afirmando que apura toda e qualquer infração que chegue ao conhecimento da instituição, tanto por representações formais quanto por informações divulgadas na mídia.
“A OAB SP apura toda e qualquer infração que chegue a seu conhecimento por intermédio de representação ou diante de fato divulgado em canais de comunicação. Por força do Art. 72, parágrafo 2 da Lei Federal 8.906/94 os processos são sigilosos e não permitem qualquer divulgação de providências eventualmente adotadas, nem mesmo acerca de sua instauração, sendo que o sigilo vigora até que haja decisão condenatória irrecorrível que tenha penalizado o advogado (a) com suspensão ou exclusão dos quadros da OAB”, diz a nota da instituição.
Defesa de Deolane se pronuncia
A advogada Adélia Soares, também responsável pela defesa de Deolane, alegou surpresa com a operação e enfatizou que todas as investigações são sigilosas.
Em comunicado, Soares afirmou que as clientes têm condutas irrepreensíveis e sempre estiveram dispostas a prestar esclarecimentos.
“Desde já, informamos que nossas clientes têm condutas irrepreensíveis e nunca se recusaram a fornecer qualquer tipo de esclarecimento, o que farão novamente”, declarou a advogada.
