Darwin Henrique da Silva Filho estava em viagem a trabalho quando operação contra lavagem de dinheiro e jogos ilegais foi deflagrada.
O empresário Darwin Henrique da Silva Filho, proprietário da plataforma de apostas Esportes da Sorte, se entregou à polícia e foi preso como um dos alvos da operação “Integration” na última quinta-feira (5).
A operação investiga um esquema de lavagem de dinheiro e jogos ilegais, o que levou à prisão da influenciadora digital Deolane Bezerra e da mãe dela, Solange Bezerra.
Darwin Filho e a esposa, Maria Eduarda Filizola, também se apresentaram à Polícia Civil e estão à disposição das autoridades.
De acordo com o escritório de advocacia Rigueira, Amorim, Caribé e Leitão, que representa o casal, todos os questionamentos da polícia sobre as atividades da Esportes da Sorte foram respondidos.
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A defesa do empresário também informou que um pedido de habeas corpus foi encaminhado ao Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE), onde aguarda análise.
Investigação sobre a Esportes da Sorte
A Esportes da Sorte é uma plataforma de apostas esportivas que patrocina vários clubes de futebol, como Corinthians, Athletico-PR, Náutico e Santa Cruz.
A empresa está sendo investigada desde dezembro de 2022, quando a polícia apreendeu R$ 180 mil em espécie e documentos na sede da Caminhos da Sorte, empresa pertencente ao pai de Darwin Filho.
Segundo a decisão judicial da juíza Andréa Calado da Cruz, a documentação apreendida sugere uma ligação entre a Esportes da Sorte e outras empresas na prática de atividades ilícitas.
As investigações também se concentram na compra e venda de dois carros de luxo, uma Ferrari e uma Lamborghini Urus Performante, que foram comercializados pela empresa e por Darwin Filho por R$ 8 milhões em 2023.
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Deolane Bezerra, em depoimento à polícia, confirmou que adquiriu uma Lamborghini Urus Performante de Darwin Filho no ano passado por R$ 3,85 milhões.
Como funcionava o esquema
Segundo o Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP), uma quadrilha movimentou cerca de R$ 3 bilhões entre janeiro de 2019 e maio de 2023, utilizando empresas de eventos, publicidades, casas de câmbio e seguros para lavar dinheiro proveniente de jogos ilegais.
O esquema envolvia depósitos fracionados em espécie, transações bancárias entre os investigados com saques imediatos, além da compra de veículos de luxo, aeronaves, embarcações, joias, relógios e imóveis.
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As investigações apontam transações financeiras atípicas e um padrão de vida incompatível com a renda declarada dos envolvidos.
Deolane e Solange, citadas na investigação, afirmam ser vítimas de preconceito e de “grande injustiça” e que estão à disposição das autoridades.
A Esportes da Sorte, também mencionada, reafirma seu compromisso com a transparência e a legalidade, oferecendo total cooperação com as investigações, embora ainda não tenha acesso aos autos do inquérito.