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Economia

Com rombo de R$ 7,2 bilhões em 2024, estatais acumulam pior déficit em 22 anos

Do montante, 47% envolvem estatais federais; recursos precisam ser compensados pelo Poder Executivo - Foto: Reprodução
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Déficit de R$ 7,2 bilhões pressiona contas públicas e eleva preocupação sobre o impacto fiscal.

As empresas estatais brasileiras registraram um déficit de R$ 7,2 bilhões entre janeiro e agosto de 2024, marcando o pior desempenho desde o início da série histórica, em 2002. O dado, divulgado pelo Banco Central, expõe a fragilidade do setor e levanta preocupações sobre o impacto nas contas públicas.

Do total do déficit, 47% R$ 3.374 bilhões —,  estão ligados aos estados federais, enquanto as empresas controladas por governos estaduais estão voltadas para 53% R$ 3.858 bilhões. Os números não incluem desempenhos de empresas dos grupos Petrobras (PETR4) e Eletrobras (ELET3).

Nota de cem reais – Foto: Priscila Zambotto/Getty Images

Por serem controlados pelo governo, os desequilíbrios financeiros dessas empresas precisam ser cobertos pelo Tesouro Nacional, o que agrava o cenário fiscal.

A responsabilidade de compensar esses déficits recai sobre o Poder Executivo, o que complica ainda mais as finanças em um momento em que o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) enfrenta pressões para ajustar o orçamento e cumprir metas fiscais.

O setor público consolidado, por sua vez, acumulou um déficit primário de R$ 21,4 bilhões em agosto de 2024, uma leve melhora em relação ao mesmo mês do ano anterior, quando o déficit foi de R$ 22,8 bilhões.

Ainda assim, a restrição das contas das estatísticas se soma a um quadro fiscal desafiador. No acumulado dos últimos 12 meses, o déficit do setor público chega a R$ 256,3 bilhões, equivalente a 2,26% do PIB, e continua a ser um obstáculo para o governo na busca pela estabilidade econômica.

Veja um comparativo das necessidades de financiamento do setor público ao longo dos anos (ou seja, números positivos exigiram aportes do governo), considerando o mesmo período de janeiro a agosto:

Ano Fluxos de janeiro a agosto (em R$ milhões)
2024 R$ 7212,64
2023 -R$ 5318,15
2022 -R$ 5318,15
2021 -R$ 2638,50
2020 -R$ 3328,13
2019 -R$ 769,96
2018 -R$ 2795,95
2017 -R$ 955,02
2016 R$ 1194,60
2015 R$ 2172,01
2014 R$ 439,80
2013 R$ 202,58
2012 -R$ 1799,19
2011 -R$ 1744,38
2010 -R$ 929,78
2009 R$ 281,56
2008 -R$ 8174,28
2007 -R$ 10956,08
2006 -R$ 12524,94
2005 -R$ 11084,48
2004 -R$ 7114,75
2003 -R$ 3898,58
2002 -R$ 973,64
Fonte: Banco Central

 

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