Neste ano, o Fisco espera receber 46,2 milhões de declarações, um aumento de quase 7% em relação a 2024.
Após duas semanas de informações incompletas, a Receita Federal disponibilizou, a partir desta terça-feira (1º), a declaração pré-preenchida do Imposto de Renda Pessoa Física (IRPF) com todos os dados atualizados. O atraso ocorreu devido à greve dos auditores-fiscais.
Agora, os contribuintes também podem acessar a declaração pelo aplicativo ‘Meu Imposto de Renda’ e pelo Centro Virtual de Atendimento ao Contribuinte (e-CAC). Essas opções, que servem como alternativas ao programa gerador tradicional (PGD), também foram liberadas com atraso por causa da paralisação.
Versão pré-preenchida
Além de agilizar o preenchimento, a declaração pré-preenchida garante prioridade no recebimento da restituição. Com os dados completos, os contribuintes têm acesso automático a informações como:
- Rendimentos tributáveis e isentos (incluindo valores de moléstia grave);
- Declarações anexas (Dirf, Dimob, Dmed e Carnê-Leão Web);
- Dados financeiros (saldos bancários, investimentos, criptoativos e contas no exterior);
- Bens e direitos (imóveis adquiridos, doações e previdência privada).
Inicialmente, a Receita só disponibilizava dados básicos, como Dirf e Dimob, mas nos últimos dias incluiu os demais campos.
Declaração pelo celular e fim do PGD
O aplicativo ‘Meu Imposto de Renda’ permite o envio da declaração diretamente pelo celular, sem necessidade de baixar programas no computador. O e-CAC também foi atualizado para oferecer preenchimento online.
A Receita planeja substituir o PGD por soluções digitais, mas ainda não definiu uma data para a mudança.
“Estamos investindo fortemente no Meu Imposto de Renda. Em algum momento, vamos descontinuar o PGD em favor dessa solução online, que é mais segura”, afirmou José Carlos Fonseca, supervisor nacional do IR, durante anúncio das regras.
Prazo e recomendações
O prazo para envio da declaração começou em 17 de março e vai até 30 de maio. A Receita orienta que os contribuintes conferem todos os dados com a documentação pessoal e corrijam eventuais divergências.
Neste ano, o Fisco espera receber 46,2 milhões de declarações, um aumento de quase 7% em relação a 2024.