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Departamento de Justiça dos EUA divulga documentos sobre rede de tráfico sexual de Jeffrey Epstein

O empresário, que foi preso em julho de 2019 e tirou a própria vida um mês depois, era suspeito de abusar de mais de 250 meninas menores de idade e de comandar uma rede de exploração sexual. - Foto: Reprodução/NBC News
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A lista de evidências inclui dezenas de itens apreendidos pelas autoridades, como câmeras, computadores, fotos de mulheres, documentos e mídias eletrônicas.

Nesta quinta-feira (27), o Departamento de Justiça dos Estados Unidos divulgou uma série de documentos relacionados à investigação do bilionário Jeffrey Epstein, acusado de liderar um esquema de tráfico sexual. O empresário, que foi preso em julho de 2019 e tirou a própria vida um mês depois, era suspeito de abusar de mais de 250 meninas menores de idade e de comandar uma rede de exploração sexual.

Nesta quinta (27), a procuradora-geral dos EUA, Pamela Bondi, e o FBI liberaram um novo conjunto de arquivos, com cerca de 200 páginas, que incluem registros de voos, uma lista de evidências e nomes de pessoas ligadas a Epstein.

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Entre os registros de voo, há menções a “Donald Trump”, em duas anotações de maio de 1994, ao lado de nomes como Marla Maples, ex-esposa do presidente, e a filha Tiffany. As iniciais “JE”, supostamente referentes a Jeffrey Epstein, também aparecem nos documentos.

Vale destacar que, ao longo das investigações, nunca foram encontradas evidências de que o presidente tivesse envolvimento em crimes relacionados a Epstein. Sabe-se publicamente que os dois mantiveram uma amizade entre as décadas de 1990 e 2000.

A lista de evidências inclui dezenas de itens apreendidos pelas autoridades, como câmeras, computadores, fotos de mulheres, documentos e mídias eletrônicas.

“A primeira fase dos arquivos divulgados hoje lança luz sobre a extensa rede de Epstein e começa a oferecer ao público a responsabilização que há muito era esperada”, afirmou a procuradora-geral em comunicado.

O Departamento de Justiça determinou que o FBI entregue todos os documentos ainda sob sigilo até a manhã de sexta-feira (28). Os arquivos passarão por uma revisão do governo americano para proteger as identidades das vítimas antes de serem publicados.

Bondi também ordenou uma investigação interna no FBI, já que, segundo ela, os agentes não haviam entregado todos os arquivos disponíveis inicialmente.

De acordo com a Associated Press, parte dos documentos divulgados já circulava na internet há algum tempo. A imprensa americana avalia que é improvável que este primeiro lote traga grandes revelações.

A liberação dos arquivos do caso Epstein foi uma promessa de campanha do presidente Donald Trump. Paralelamente, a Casa Branca se prepara para divulgar documentos relacionados aos assassinatos de John F. Kennedy, Robert F. Kennedy e Martin Luther King Jr.

O financista americano Jeffrey Epstein aparece em uma fotografia tirada para o registro de criminosos sexuais da Divisão de Serviços de Justiça Criminal do Estado de Nova York em 28 de março de 2017. – Foto: Reprodução/REUTERS

O caso Epstein

Jeffrey Epstein, que circulava entre milionários de Wall Street, membros da realeza e celebridades, havia se declarado culpado por exploração sexual de menores em 2008. As acusações que o levaram à prisão em 2019 surgiram mais de uma década após um acordo judicial que o protegeu de consequências mais severas.

Segundo as investigações, entre 2002 e 2005, Epstein pagava centenas de dólares para que meninas fossem até suas mansões, onde eram abusadas sexualmente ou recrutadas para trazer outras menores para o mesmo fim.

Em 2005, ele passou a ser investigado após a polícia de Palm Beach, na Flórida, receber denúncias de abuso sexual de garotas menores em sua residência.

Epstein alegou em documentos que os encontros com as supostas vítimas eram consensuais e que acreditava que elas tinham 18 anos na época. No entanto, dezenas de mulheres o acusaram de forçá-las a realizar serviços sexuais para ele e os convidados, tanto em sua ilha particular no Caribe quanto em propriedades em Nova York, Flórida e Novo México.

Nos últimos anos, parte dos documentos teve o sigilo removido, revelando nomes de figuras públicas ligadas a Epstein, como o ex-presidente Bill Clinton e o príncipe Andrew, filho da rainha Elizabeth II. No caso de Andrew, o escândalo resultou na perda dos títulos reais.

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