Tradicional desfile cívico-militar no centro da capital federal teve R$ 4,3 milhões de investimentos em infraestrutura.
O tradicional desfile cívico-militar de 7 de Setembro na Esplanada dos Ministérios, em Brasília, reuniu o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e autoridades dos Três Poderes, como Rodrigo Pacheco (PSD-MG), presidente do Senado, e ministros do Supremo Tribunal Federal (STF), incluindo Alexandre de Moraes.
O evento, que teve um custo de R$ 4,3 milhões, superando o gasto do ano anterior, foi organizado com o lema “Democracia e Independência – É o Brasil no rumo certo”, com gastos de R$ 3,1 milhões.
Lula chegou ao desfile em um Rolls Royce presidencial, passou em revista as tropas e autorizou o início da cerimônia, que foi estruturada em torno de temas como a Cúpula do G20 no Brasil, campanhas de vacinação e ampliação dos serviços de saúde.
Apesar da presença de diversas autoridades, segundo projeções do Poder360, cerca de 20mil pessoas comparecereu à capital federal.
Ano passado cerca de 25 mil pessoas compareceram à Esplanada dos Ministérios .
O evento foi marcado pela ausência da primeira-dama Janja da Silva e do ministro Flávio Dino, que homenageou Moraes nas redes sociais.
Estiveram presentes na Esplanada as seguintes autoridades:
- Alexandre de Moraes – ministro do STF;
- Alexandre Padilha – ministro das Relações Institucionais;
- Alexandre Silveira – Minas e Energia;
- Almirante Marcos Olsen – comandante da Marinha;
- André Fufuca – ministro do Esporte;
- André de Paula – ministro da Pesca;
- Andrei Rodrigues – delegado-geral da Polícia Federal;
- Antônio Oliveira – diretor da Polícia Rodoviária Federal;
- Camilo Santana – ministro da Educação;
- Celso Sabino – ministro do Turismo;
- Cida Gonçalves – ministra das Mulheres;
- Cristiano Zanin – ministro do STF;
- Edson Fachin – ministro do STF;
- Edegar Pretto – presidente da Conab;
- Eduardo Leite – governador do Rio Grande do Sul;
- Esther Dweck – ministra da Gestão;
- Carlos Lupi – ministro da Previdência;
- Dias Toffoli – ministro do STF;
- Ibaneis Rocha – governador do Distrito Federal;
- Geraldo Alckmin – vice-presidente e ministro da Indústria;
- General Amaro – ministro do GSI;
- General Tomás Aquino – comandante do Exército;
- Gilmar Mendes – ministro do STF;
- Herman Benjamin – presidente do STJ;
- Jader Filho – ministro das Cidades;
- Jaques Wagner – líder do Governo no Senado;
- Jorge Messias – advogado-geral da União;
- José Múcio – ministro da Defesa;
- Juscelino Filho – ministro das Comunicações;
- Láercio Portela – ministro da Secom;
- Luciana Santos – ministra da Ciência e Tecnologia;
- Luís Roberto Barroso – presidente do Supremo Tribunal Federal;
- Luiz Marinho – ministro do Trabalho;
- Márcio França – ministro do Empreendedorismo;
- Márcio Macêdo – ministro da Secretaria-Geral da Presidência;
- Margareth Menezes – ministra da Cultura;
- Marina Silva – ministra do Meio Ambiente;
- Nísia Trindade – ministra da Saúde;
- Paulo Pimenta – ministro interino de Apoio à Reconstrução do Rio Grande do Sul;
- Renan Filho – ministro dos Transportes;
- Ricardo Lewandowski – ministro da Justiça;
- Rodrigo Pacheco – presidente do Senado;
- Silvio Costa Filho – presidente do Senado;
- Silvio Costa Filho – ministro dos Portos e Aeroportos;
- Simone Tebet – ministra do Orçamento;
- Rui Costa – ministro da Casa Civil;
- Tarciana Medeiros – presidente do Banco do Brasil;
- Tenente-brigadeiro do ar Marcelo Damasceno – comandante da Aeronáutica;
- Vinicius Marques de Carvalho – ministro da CGU;
- Waldez Góes – ministro da Integração e do Desenvolvimento Regional;
- Wellington Dias – ministro do Desenvolvimento Social.
Impeachment de Alexandre de Moraes: O novo embate político
Enquanto o governo federal tentava passar uma mensagem de união dos Poderes, um novo embate político ganhava força nos bastidores.
Deputados e senadores, liderados por nomes como Coronel Meira (PL-PE), Gustavo Gayer (PL-GO) e Bia Kicis (PL-DF), articula um pedido de impeachment contra Alexandre de Moraes, alegando abuso de poder e violações constitucionais.
O levantamento realizado pela equipe do Monitor do Debate Político no Meio Digital apontou que, por volta das 16h05, o ato realizado na Avenida Paulista reuniu entre 45 mil pessoas.
O pedido de impeachment será apresentado nesta segunda-feira (9) no Senado, com o apoio de cerca de 150 congressistas.
Entre as alegações estão o uso indevido de prisão preventiva, desrespeito a pareceres da Procuradoria Geral da República (PGR), violação de prerrogativas de advogados e bloqueio de contas bancárias da Starlink.
A suspensão da rede social “X” no Brasil por ordem de Moraes gerou críticas intensas de parlamentares e do ex-presidente Jair Bolsonaro, que durante o ato na Avenida Paulista o chamou de “ditador“.
“Se hoje eu sou o ‘ex’ mais amado do país, esse divórcio não foi feito pelo povo. Foi feito com base nesse sistema que trabalhou quatro anos contra a minha pessoa“, argumentou o ex-presidente, que também defendeu “anistia” e disse que as acusações “sem materialidade” contra ele serão revistas.
Críticas e reações: Bolsonaro e aliados se manifestam
Jair Bolsonaro e aliados criticaram as decisões de Moraes, destacando o que consideram ser um desrespeito à Constituição e interferência nos direitos individuais.
Em resposta, Lula defendeu o ministro em entrevistas, criticando o bilionário Elon Musk, proprietário da rede social “X“, afirmando que “a soberania do país não está à venda” e que todos devem respeitar as leis brasileiras.
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Enquanto isso, autoridades do governo e do STF, incluindo ministros como Gilmar Mendes e Cristiano Zanin, se reuniram para um almoço no Palácio da Alvorada, em um gesto de “aproximação entre os Poderes“.
A tensão política, no entanto, se manteve como pano de fundo, com a previsão de um embate intenso no Senado sobre o futuro do ministro Alexandre de Moraes e a estabilidade do equilíbrio entre os Três Poderes.