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Dia da Consciência Negra é feriado nacional pela 1ª vez

Mulheres com turbantes em evento de comemoração ao Dia da Consciência Negra. — Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil
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Dia nacional de Zumbi e da Consciência Negra: por que celebramos em 20 de novembro?

Nesta quarta-feira (20), pela primeira vez, o Brasil celebra o Dia Nacional de Zumbi e da Consciência Negra como feriado nacional em 2024. Instituído como feriado em dezembro de 2023, por meio da lei 12.519 de 2011, a data é celebrada em memória da morte de Zumbi dos Palmares, líder quilombola e símbolo da luta contra a escravidão e o racismo.

Consciência Negra é a valorização da identidade, história e cultura afro-brasileira. A data, escolhida para lembrar Zumbi, também reflete a resistência das pessoas negras no Brasil, desde o período escravocrata até os desafios enfrentados no combate ao racismo nos dias atuais.

Quem foi Zumbi dos Palmares – e a história do Dia... | Super
Zumbi dos Palmares — Foto: Domínio Publico/Reprodução

Zumbi nasceu em 1655, no Quilombo de Palmares, na Serra da Barriga, atual Alagoas. Capturado ainda bebê por soldados portugueses, foi entregue ao padre Antônio Melo, que o batizou como Francisco e o educou em português e latim.

Aos 15 anos, Zumbi fugiu e retornou ao quilombo, abandonando o nome cristão. Tornou-se um guerreiro e estrategista, liderando Palmares contra os ataques portugueses.

Após a morte de Ganga-Zumba, chefe do quilombo, em 1678, Zumbi assumiu a liderança. Entre 1680 e 1691, derrotou diversas expedições militares, mas foi traído em 1695, capturado e morto.

A criação do dia da Consciência Negra

  • 1971: O Grupo Palmares, de jovens negros no Rio Grande do Sul, propôs a criação do dia.
  • 2003: A lei sancionada pelo presidente Lula tornou o 20 de novembro uma data do calendário escolar e obrigou o ensino de História e Cultura Afro-Brasileira.
  • 2011: A ex-presidente Dilma Rousseff oficializou o “Dia Nacional de Zumbi e da Consciência Negra”.
  • 2023: Uma nova lei transformou a data em feriado nacional.

O 13 de maio, Dia da Abolição da Escravidão, marca a assinatura da Lei Áurea em 1888, mas é visto por muitos como insuficiente para garantir direitos básicos aos negros libertos. 

Pesquisadores alertam que a norma não garantiu nem direitos básicos como moradia, educação e saúde, e nem “humanizou” as pessoas que eram escravizadas.

 

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