Donald Trump foi condenado por fraude contábil ao ocultar um pagamento de US$ 130 mil para comprar o silêncio da atriz pornô Stormy Daniels na eleição de 2016.
Nesta quinta-feira (30), o republicano Donald Trump foi condenado por fraude contábil. O ex-presidente dos EUA foi declarado culpado em todas as 34 acusações de falsificação de registros comerciais em seu julgamento em Manhattan.
“Isso foi uma desgraça. Este foi um julgamento manipulado por um juiz em conflito de interesses e corrupto. Não fizemos nada de errado. Sou um homem inocente. Estou lutando pelo nosso país.” Afirmou Trump.
O ex-presidente se diz vítima de perseguição política e costuma afirmar que o julgamento criminal faz parte de uma suposta campanha para evitar a volta dele à Casa Branca.
Sentença
Trump não é apenas o primeiro ex-presidente a ser considerado culpado de um crime, mas também o primeiro candidato presidencial de um grande partido a ser condenado no meio de uma campanha para a Casa Branca.
Se o republicano derrotar o presidente Joe Biden em novembro, será o primeiro presidente em exercício na história a ser um criminoso condenado.
Não há nada na lei americana que o impeça Trump de disputar a eleição e governar, se vencer. Ele também pode recorrer da condenação.
A audiência de sentença de 11 de julho acontece poucos dias antes do início da Convenção Nacional Republicana em Milwaukee.
Donald Trump se pronunciará novamente sobre a condenação por volta das 12h, pelo horário de Brasília.
Stormy Daniels
A atriz de cinema adulto, Stormy Daniels, testemunhou no dia 7 de maio no julgamento criminal do candidato republicano em Nova York.
A atriz, cujo nome verdadeiro é Stephanie Clifford, afirma que teve um caso de uma noite com Trump em 2006.
A polêmica surgiu em janeiro de 2018, quando o Wall Street Journal noticiou o pagamento de US$ 130 mil (658 mil reais).
Em documentário lançado pelo serviço de streaming Peacock em março – “Stormy” -, Daniels diz que concordou em aceitar o pagamento para proteger o marido e a filha.
E também, para evidenciar “que houvesse um rastro de papel e dinheiro me ligando a Donald Trump para que ele não pudesse me matar”.
De acordo com os documentos de acusação, Trump “falsificou repetida e fraudulentamente registros comerciais de Nova York para ocultar condutas criminosas que ocultaram informações prejudiciais do público votante durante as eleições presidenciais de 2016”.
Os advogados de Trump tentaram impedir Daniels de testemunhar, mas a tentativa foi negada pelo juiz Juan Merchan em março.