Por conta das queimadas, os municípios do estado decretaram situação de emergência ambiental e sofrem com uma onda de fumaça.
O ano de 2024 é considerado o pior no número de focos de calor desde 1998, quando o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) começou a série histórica. Só neste ano, o Amazonas registrou 21,6 mil queimadas.
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O pior mês de 2024, até o momento, foi agosto, quando 10.328 queimadas foram registradas. Julho também teve o pior mês dos últimos 26 anos, com 4,2 mil focos de calor.
Já em setembro, os dados parciais do Inpe apontam que só nos 24 primeiros dias do mês, o estado tem 6.128 incêndios florestais. Só entre os meses de julho, agosto e setembro, são mais de 21 mil queimadas no Amazonas.
Por conta das queimadas, os municípios do estado decretaram situação de emergência ambiental e sofrem com uma onda de fumaça que atinge todo o Amazonas, incluindo a capital.
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Os municípios de Apuí e Lábrea, localizados no Sul do Amazonas, conhecido como “arco do fogo”, aparecem na lista das dez cidades que mais queimam a Amazônia Legal.
Apuí está na 5ª colocação com um total de 4,3 mil queimadas; Lábrea, aparece em 6ª, com quase 4 mil.
Com mais de 7 mil queimadas neste ano, São Félix do Xingu, no Pará, lidera o ranking. Na lista constam, ainda, municípios do Mato Grosso do Sul, Rondônia, Tocantins e Mato Grosso.
As queimadas também têm gerado uma onda de fumaça, que tem tornado o ar do Amazonas irrespirável. A qualidade do ar é considerada muito ruim ou péssima.
Nesta terça-feira (24), Manaus registrou uma chuva forte, fenômeno que não ocorria na cidade desde o dia 13 de agosto.
A água ajudou a diminuir o avanço do fogo e da fumaça na cidade que, só na segunda-feira (23), havia registrado três incêndios criminosos, segundo a Polícia Militar.
No entanto, a previsão para os próximos dias é de mais calor e tempo seco.