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Empreendedora baiana cria empresa que faz consultoria de imagem para mulheres negras

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Só no ano passado, ela atendeu mais de 1,2 mil pessoas e, no próximo ano, deve lançar um aplicativo, que ajuda na escolha de looks

Faltando alguns dias para o feriado nacional da Consciência Negra, no dia 20 de Novembro, um tema muito importante foi colocado em questão, a representatividade negra no mercado, seja trabalhando para terceiros ou empreendendo.

Em uma época onde o racismo ainda é um problema grave, principalmente no Brasil, muitos profissionais negros têm tido problemas com a imagem, e consequentemente, enfrentam dificuldades para expandir os negócios.

Pensando em reverter esse cenário, Cáren Cruz, de 39 anos, criou em 2020, a Pittaco Consultoria, que realiza consultorias de imagem para empreendedoras negras. Só no ano passado, ela atendeu mais de 1,2 mil pessoas e, no próximo ano, deve lançar um aplicativo, que ajuda na escolha de looks.

Nascida em Salvador (BA) e formada em relações públicas, Cruz começou sua jornada na moda em 2007, dando pitacos em um blog. Ela se formalizou como empresa em 2012, com abertura de um registro de MEI. Antes de apostar na consultoria, chegou a promover eventos para o blog e teve uma loja de roupas itinerante.

O meu maior medo de atuar com consultoria era falar na internet que eu era contra as teorias tradicionais. Muitas consultoras tinham anos de estrada perpetuando aquelas informações e eu não queria virar inimiga de ninguém”, disse Cáren.

O serviço oferecido por Cáren é focado em mulheres negras de negócios, mas ela também atende quem está fora desse perfil. “Quando a pessoa entende como esses códigos sociais são lidos independentemente da raça, é possível acessar espaço, criar conexão e gerar autoridade”, aponta. “Ainda há muitas mulheres brancas que apoiam a causa e adquirem os serviços, o que é muito bom, porque quando a gente subnicha sempre tem uma insegurança”, complementou.

Hoje, ela também atende empresas e cuida da imagem de executivos e assessores, por exemplo. O tíquete médio da empresa é de R$ 3 mil.

Durante a pandemia, ela conquistou uma clientela que se manteve. Quando as medidas de restrição afrouxaram, Cruz alugou um estúdio para fazer os atendimentos. Com a queda das restrições, veio uma demanda reprimida de mentorandas e a empresa começou a crescer.

O principal diferencial do modelo de Cruz é a atenção aos códigos sociais e aos contextos de cada uma das mulheres. “As roupas e os acessórios enfatizam ou minimizam as informações do rosto, onde a leitura sobre uma pessoa começa. Trabalhamos com isso, adequando tudo ao estilo de vida e ao guarda-roupa que a pessoa já tem”, diz.

A empreendedora faz coloração pessoal, retrato corporativo e criação de marca pessoal. Durante a consultoria, há a etapa de entendimento em que as mentorandas montam looks em lojas de shopping, sem comprar nada. Já na coloração pessoal, é importante entender a variação dos tons nos ambientes e não apenas com relação às características físicas do cliente.

Só no ano passado, a empreendedora fez 1.257 atendimentos em Salvador e também online, com a ajuda de 12 funcionários.

Para o ano que vem, a aposta é no lançamento de um aplicativo próprio, que vai escanear o corpo e as roupas do usuário. O app terá versões gratuita e paga. 

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