O valor de 100 mil euros (aproximadamente R$ 589 mil) da premiação é concedido por meio de subsídio da Fundação Biblioteca Nacional (FBN) – entidade vinculada ao Ministério da Cultura (MinC) e do Governo de Portugal.
A poetisa e professora brasileira Adélia Prado venceu o Prêmio Camões de Literatura 2024. A decisão foi anunciada nesta quarta-feira (26), com a reunião do júri acontecendo de forma virtual.
Os jurados foram os professores brasileiros Deonisio da Silva e Ranieri Ribas, as professoras portuguesas Clara Crabbé Rocha e Isabel Cristina Mateus, juntamente com o professor Francisco Noa e o filósofo e crítico de arte poética Dionisio Bahule, ambos moçambicanos.
A premiação foi instituída em 1988, com o objetivo de consagrar um(a) autor(a) de língua portuguesa que, pelo conjunto de sua obra, tenha contribuído para o enriquecimento do patrimônio literário e cultural da língua.
A vitória da brasileira quebra o protocolo de alternar entre autores do Brasil, Portugal e Moçambique, já que o vencedor do ano de 2023 foi João Barrento (português) e o de 2022 foi Silviano Santiago (brasileiro).
Com isso, Adélia Prado se junta a outros brasileiros que já receberam a premiação, como: Chico Buarque, Rachel de Queiroz, João Cabral de Melo Neto, Jorge Amado e Lygia Fagundes Telles.
A autora estreou com “Bagagem” em 1976, vencendo o Prêmio Jabuti com a obra seguinte, “O Coração Disparado“, publicada dois anos depois. A última obra publicada por Adélia foi a coletânea “Miserere“, de 2013.
Ela foi professora durante 24 anos até se dedicar por completo à carreira de escritora. Adélia tem 88 anos e vive em Divinópolis.