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Meio Ambiente

Estiagem: com iminente seca histórica, Anac libera transporte aéreo no Amazonas

Foto: Reprodução/Internet
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Estiagem atinge níveis críticos, Rio Negro está a menos de 2 metros de atingir seca histórica.

A Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) liberou o o transporte aéreo no Amazonas devido aos impactos da estiagem. A decisão que permite voos em caráter excepcional foi publicada nesta sexta-feira (27) no Diário Oficial da União (DOU) e tem vigência de 45 dias.

Com a baixa dos rios, o transporte fluvial está estagnado em todo o estado, o que resulta no isolamento de municípios e comunidades que dependem majoritariamente desse tipo de locomoção. Até agora, mais de 560 mil pessoas já foram afetadas pela crise ambiental.

A Portaria Nº 15.538 levou em consideração que o governo do Amazonas decretou estado de emergência para todos os 63 municípios no último dia 2 de setembro e depois, também incluiu a capital.

“A exploração de serviços de transporte aéreo exclusivamente de carga entre quaisquer pontos no território nacional e o Aeroporto Internacional de Manaus (SBEG) por empresas estrangeiras de transporte aéreo internacional autorizadas”, informa o documento.

Na última medição, no dia 24 deste mês, o Rio Negro registrou a marca de 14,30, menos de 2 metros de atingir a marca da seca históricas de 2023, que chegou a 12,70m. O nível do rio já desceu mais de 5 metros em menos de um mês, ocasionando também o fechamento de alguns locais como a praia da Ponta Negra e o Museu do Seringal.

O Rio Madeira chegou a bater o próprio recorde de seca por três dias consecutivos, ficando com o nível da água de apenas 67 centímetros, o menor número em 60 anos.

Sem projeção de chuva para os meses seguintes, a seca prossegue isolando dezenas de comunidades ribeirinhas ao redor da cidade de Porto Velho.

Na região do Alto Solimões, Benjamin Constant enfrenta um possível colapso nos serviços de distribuição de água e energia elétrica. A prefeitura do município já havia implementado um sistemaa de racionamento rigoroso, que pode chegar a 12 horas diárias sem abastecimento em algumas regiões.

“A situação é desesperadora. O rio está secando rapidamente e já enfrentamos sérias dificuldades para a passagem de embarcações pequenas, o que pode gerar um colapso no abastecimento de combustível e insumos, além de comprometer ainda mais a oferta de água e energia. Precisamos de ajuda urgente para evitar um colapso”, declarou o prefeito David Bemerguy.

Esta é a maior seca na localidade registrada nos últimos 42 anos: o Rio Solimões esta com a cota negativa de -1,91 metros, a menor já registrada em Tabatinga desde o inicio do monitoramento da Agência Nacional de Águas (ANA) em 1982.

O racionamento de recursos hídricos também afeta a zona metropolitana de Manaus: a cidade de Rio Preto da Eva também anunciou no início do mês que estaria adotando o regime.

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