O magistrado proibiu Fernández de sair da Argentina, de se aproximar de Yañez e de se comunicar com ela por qualquer meio.
Na última terça-feira (6), a ex-primeira-dama argentina, Fabiola Yañez denunciou o ex-presidente Alberto Fernández por violência doméstica. Fotos que mostram o resultado das agressões sofridas foram divulgadas nesta quinta feira (8).
Yañez, de 43 anos, disse que era agredida fisicamente pelo ex-companheiro quando eles viviam na Quinta de Olivos, residência oficial da presidência argentina, no período entre 2019 e 2023, quando Fernández estava no cargo.
A agência France-Presse informou que a denúncia surgiu depois do vazamento das mensagens entre a ex-primeira-dama e a secretária particular de Fernández, María Cantero, para quem ela teria relatado as agressões sofridas.
“Você tem me agredido há 3 dias seguidos”, escreveu a ex-primeira-dama em uma das mensagens. “Isso não funciona assim, você me agride o tempo todo. É insólito. Não pode me fazer isso quando eu não te fiz nada”
Em nota, o ex-presidente afirmou que “a verdade dos fatos é outra”.
“Apenas direi que é falso e que jamais ocorreu o que agora me imputam. Pela integridade dos meus filhos, da minha pessoa e também da própria Fabíola, não farei declarações na mídia, mas apresentarei à Justiça as provas e testemunhos que evidenciarão o que realmente aconteceu”, disse Alberto Fernández.
O celular de María Cantero foi periciado pela Justiça argentina, primáriamente por conta do caso do suposto tráfico de influência a favor de um produtor de seguros próximo a Fernández, Héctor Martínez Sosa, e foi a partir desse momento que as capturas de tela chegaram ao conhecimento das autoridades.
Um dos próximos passos no processo é o depoimento da ex-primeira-dama, que apesar de ainda não ter data marcada, deve correr em breve.