Nova explosão de walkie-talkies do grupo eleva o número de vítimas e levanta suspeitas de sabotagem.
Nesta quarta-feira (18), uma nova onda de explosões envolvendo dispositivos de comunicação do Hezbollah feriu a morte de nove pessoas e deixou mais de 300 feridos em Beirute e no sul do Líbano. O atentado ocorreu apenas um dia após as explosões de pagers, que vitimaram 12 pessoas na terça-feira (17).
As declarações mais recentes aconteceram durante os funerais das vítimas do primeiro atentado e foram causadas por walkie-talkies, também usados por membros do Hezbollah.
O incidente gerou caos na capital libanesa, com focos de incêndio registrados em diversas regiões de Beirute e relatos de danos em sistemas de energia solar de residências locais.
Na terça-feira, pagers usados pelo Hezbollah explodiram de maneira quase simultânea, ferindo cerca de 2,8 mil em diversas localidades do Líbano e também na Síria.
Dentre os feridos, 1,8 mil foram hospitalizados e 460 precisaram passar por cirurgias devido à gravidade dos ferimentos.
As causas desses incidentes estão em investigação. A agência árabe Al Jazeera relatou que os dispositivos de comunicação do Hezbollah podem ter sido hackeados, mas também há hipóteses de sabotagem por parte de agentes israelenses infiltrados no grupo, segundo especialistas em tecnologia.
Os pagers e walkie-talkies em questão foram fabricados pela empresa taiwanesa Gold Apollo, o que gerou questionamentos sobre a origem e segurança dos equipamentos adquiridos.