Rede MLC
Polícia

Família envenenada com baião de dois: padrasto preso diz ter nojo e raiva da enteada

A prisão foi decretada para garantir a segurança das vítimas sobreviventes e assegurar o andamento das investigações, que têm prazo inicial de 30 dias. - Foto: Reprodução/TV Clube
Publicidade

O suspeito foi o último a permanecer na casa na noite anterior ao envenenamento, segundo as investigações.

Francisco de Assis Pereira da Costa, de 53 anos, foi preso preventivamente nesta quarta-feira (8), em Parnaíba, litoral do Piauí, sob suspeita de envenenar nove pessoas da própria família. Segundo a Polícia Civil, o padrasto demonstrava desprezo por Francisca e filhos, o que foi reforçado em depoimentos.

O crime ocorreu no dia 1º de janeiro, durante o almoço de Ano Novo. Quatro pessoas morreram, incluindo a enteada do suspeito, Francisca Maria da Silva, de 32 anos, e dois filhos dela, de 1 e 3 anos.

O delegado Abimael Silva revelou que o suspeito se referia aos enteados de forma pejorativa, chamando-os de “primatas” e “não higiênicos”. Além disso, manifestava raiva de Francisca, chegando a dizer que sentia “nojo” ao olhar para ela.

O suspeito foi o último a permanecer na casa na noite anterior ao envenenamento, segundo as investigações. A polícia descarta a hipótese de intrusos no local.

Durante os depoimentos, Francisco apresentou versões contraditórias sobre o envolvimento no preparo do alimento e demonstrou hostilidade em relação à enteada e os filhos.

A substância estava no arroz utilizado no baião de dois consumido pela família. – Foto: Reprodução

“Ele mostrava desdém, chamava os filhos dela de ‘tribo de índios’ e a acusava de ser ‘inútil’ e ‘preguiçosa’. Mesmo diante da morte, não conseguiu esconder o ódio que sentia por ela“, relatou o delegado Abimael Silva.

Francisco vivia com a esposa, Maria dos Aflitos, e seis enteados em uma casa pequena que acomodava 11 pessoas. Segundo a polícia, ele via a presença de Francisca e dos filhos como uma fonte de desconforto.

O delegado destacou que, embora as investigações estejam em andamento, os indícios apontam fortemente para Francisco como o autor do crime.

A prisão foi decretada para garantir a segurança das vítimas sobreviventes e assegurar o andamento das investigações, que têm prazo inicial de 30 dias, podendo ser prorrogado. O caso está sendo tratado como homicídio qualificado.

Francisca Maria da Silva, de 32 anos, a filha Lauane da Silva, de 3, o filho Igno Davi da Silva, de 1, e o irmão Manoel Leandro da Silva, de 18, morreram após comer arroz envenenado. – Foto: Reprodução

Envenenamento

No dia do envenenamento, nove pessoas consumiram um baião de dois preparado na noite anterior. Entre as vítimas fatais estão:

  • Manoel Leandro da Silva, 18 anos, irmão de Francisca;
  • Igno Davi da Silva, 1 ano e 8 meses, filho de Francisca;
  • Lauane da Silva, 3 anos, filha de Francisca;
  • Francisca Maria da Silva, 32 anos, mãe das crianças.

Outras vítimas, incluindo uma criança de 4 anos, permanecem internadas. Quatro pessoas já receberam alta.

A substância identificada no alimento foi o terbufós, um pesticida altamente tóxico cuja venda é proibida no Brasil. O veneno ataca o sistema nervoso central, causando sintomas como tremores, convulsões e dificuldade respiratória.

 

Publicidade

Leia mais

Militar da Marinha mata ex-mulher após descobrir namorado e depois atira contra a própria cabeça

Lucyana Gadelha

Veneno no arroz: padrasto é preso por envenenamento que matou 4

Lucyana Gadelha

Duas pessoas morrem em acidente com ambulância na rodovia BR-174

Lucyana Gadelha

Este site usa cookies para melhorar sua experiência. Entendemos que você está de acordo com isso, mas você pode cancelar, se desejar. Aceito Leia Mais