Uma força-tarefa foi criada para localizar as vítimas e investigar as circunstâncias do acidente. Entre as equipes envolvidas estão peritos criminais, agentes de necrotomia e papiloscopistas.
Na manhã deste sábado (4), equipes de resgate localizaram mais uma vítima do desabamento da Ponte Juscelino Kubitschek de Oliveira, que conecta os estados do Maranhão e Tocantins. De acordo com a Marinha do Brasil, o corpo foi encontrado às 10h25, próximo aos destroços. A vítima ainda não foi identificada.
Com essa localização, o número de óbitos confirmados chega a 14, enquanto três pessoas permanecem desaparecidas. Entre os desaparecidos iniciais estavam 17 pessoas, incluindo motoristas e passageiros dos veículos que caíram no rio.
O desabamento ocorreu no dia 22 de dezembro, quando o vão central da ponte cedeu, segundo o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT).
Na ocasião, quatro caminhões, duas caminhonetes, um carro e três motos despencaram no Rio Tocantins. As causas do colapso ainda estão sendo investigadas.
Uma força-tarefa foi criada para localizar as vítimas e investigar as circunstâncias do acidente. Entre as equipes envolvidas estão peritos criminais, agentes de necrotomia e papiloscopistas.
Entre as vítimas já identificadas estão:
- Lorena Ribeiro Rodrigues, 25 anos, natural de Estreito (MA);
- Lorranny Sidrone de Jesus, 11 anos;
- Kécio Francisco Santos Lopes, 42 anos, motorista de caminhão;
- Andreia Maria de Souza, 45 anos, motorista de caminhão;
- Anísio Padilha Soares, 43 anos;
- Silvana dos Santos Rocha Soares, 53 anos;
- Alison Gomes Carneiro, vereador, 57 anos, e sua esposa Elisângela Santos das Chagas, 50 anos;
- Cássia de Sousa Tavares, 34 anos, e sua filha Cecília Tavares Rodrigues, 3 anos;
- Beroaldo dos Santos, 56 anos, entre outros.
Impactos ambientais
Além das perdas, o acidente trouxe preocupações ambientais. Tanques de três caminhões transportavam 76 toneladas de ácido sulfúrico e 22 mil litros de defensivos agrícolas.
Apesar de um dos tanques ter sofrido colapso completo, a reação rápida do ácido com a água minimizou o risco de contaminação.
Análises feitas pela Agência Nacional de Águas (ANA) e Embrapa confirmaram que a qualidade da água segue sem alterações significativas. Mesmo assim, o monitoramento e a remoção dos recipientes continuam sendo prioridade.
O DNIT contratou um consórcio para reconstruir a ponte, com investimento de R$ 172 milhões. A previsão de entrega da obra é dezembro de 2025. Enquanto isso, motoristas precisam utilizar rotas alternativas para cruzar o rio.
A Prefeitura de Estreito (MA) decretou situação de emergência, mencionando prejuízos às atividades agrícolas, pesqueiras e riscos à saúde devido à possível contaminação do rio.
A medida foi reconhecida pelo Ministério da Integração e Desenvolvimento Regional, possibilitando a destinação de recursos federais para ações de defesa civil e suporte às famílias afetadas.
As equipes de resgate continuam as buscas pelos desaparecidos, enquanto autoridades ambientais e especialistas seguem acompanhando a situação para evitar possíveis danos ecológicos e garantir a segurança das comunidades que dependem do Rio Tocantins.