O grupo criminoso atuava a partir do Maranhão e aplicava golpes em todo o Brasil.
Organização criminosa é investigada pela Polícia Civil após fraudar o recolhimento do Imposto sobre a Propriedade de Veículos Automotores (IPVA) de contribuintes do Amazonas e movimentar R$ 200 mil de vítimas nos seis primeiros meses do ano.
Paulo Benelli, delegado titular da Delegacia Especializada em Repressão a Crimes Cibernéticos (DERCC), afirmou que as investigações começaram em março deste ano, após o registro de um Boletim de Ocorrência (BO) alegando a existência de um site falso que tentava fraudar o recolhimento do IPVA dos contribuintes do estado.
Segundo as investigações, os supostos sites usavam dados reais da consulta pública de IPVA dos sites verdadeiros para apresentar informações precisas sobre as parcelas e ofertavam o recolhimento via Pix com 30% de desconto.
De acordo com o delegado, o site falso tinha o mesmo visual e layout do site original de licenciamento de pagamento. As vítimas caiam nos golpes atraídas pelas condições vantajosas.
As autoridades conseguiram identificar o IP de criação do site e detectaram que ele foi criado em Imperatriz, no Maranhão.
Assim, com a quebra do sigilo bancário das contas que recebiam os valores, foi verificado que o grupo criminoso movimentou cerca de R$ 200 mil no primeiro semestre deste ano.
“Com as informações iniciais e com o site já tirado do ar, passamos a investigar e verificamos que possivelmente teríamos muitas vítimas, mas essas pessoas ainda não haviam identificado que realizaram o pagamento em um site falso”, completou Benelli.
Na última sexta-feira (9), um dos investigados foi preso em flagrante após o cumprimento de dois mandados de busca e apreensão em Imperatriz para recolher os instrumentos utilizados na criação dos sites falsos.
Carros, aparelhos celulares, notebooks, tablets, cartões bancários, munições e outros itens foram apreendidos na ocasião.
As autoridades alertam que o pagamento desse imposto deve ser realizado por meio de boleto bancário emitido diretamente nos sites oficiais da Sefaz-AM e do Detran-AM.
As vítimas devem procurar a Polícia Civil e registrar o Boletim de Ocorrência, para que as devidas providências sejam adotadas.