Trinta anos se passaram desde aquele fatídico dia, mas o legado de Ayrton Senna continua vivo nos corações dos fãs
Há exatos 30 anos, 1° de maio de 1994, durante o Grande Prêmio de San Marino de Fórmula 1, realizado no Autódromo Internacional Enzo e Dino Ferrari, em Ímola, Itália, o mundo perdia um de seus maiores ícones das pistas, Ayrton Senna.
Durante a 7ª volta da corrida, Ayrton Senna perdeu o controle de sua Williams e bateu violentamente contra o muro da curva Tamburello. O impacto foi fatal, e o Brasil ficou em choque com a perda do piloto, aos 34 anos. Seu corpo foi transportado de helicóptero para o Hospital Maggiore, em Bolonha, onde foi declarada sua morte.
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Neste 1º de maio de 2024, recordamos um dos momentos mais tristes da história do automobilismo, enquanto completamos três décadas desde essa trágica data, as homenagens o piloto continuam.
Fãs de Ayrton Senna se concentraram nesta quarta-feira (1º), no Autódromo Enzo e Dino Ferrari, em Ímola, na Itália, e prestaram homenagem ao tricampeão mundial de Fórmula 1.
Trinta anos se passaram desde aquele fatídico dia, mas o legado de Ayrton Senna continua vivo nos corações dos fãs e nas homenagens que perpetuam sua memória nos circuitos e além deles.
Curva de Tamburello
A curva de Tamburello foi uma das mais emblemáticas e marcantes curvas de toda a história do automobilismo, sendo reconhecida hoje por ser a curva mais perigosa de todos os tempos.
Localizada no Autódromo Enzo e Dino Ferrari, em Ímola, na Itália, a curva era cercada por um riacho, fazendo com que a área de escape fosse muito pequena para os incríveis 320 km/h facilmente atingidos naquela parte da pista – velocidade exorbitante até mesmo para os dias de hoje, mesmo com os avanços na tecnologia, consequentemente muito mais perigosa em 1994, quando Ayrton Senna faleceu ao pilotar no percurso.
Fim de semana trágico da Fórmula 1
O dia 30 de abril de 1994 ficou marcado como um dos mais tristes da história dos 74 anos de Mundial de Fórmula 1. O piloto austríaco Roland Ratzenberger, de 33 anos, não resistiu aos ferimentos de um grave acidente com sua Simtek durante a classificação do GP de San Marino. Esta foi a primeira morte da categoria desde Elio de Angelis, em 1986, e representando mais um capítulo do macabro fim de semana em Ímola.
Um dia antes, 29 de abril de 1994, deveria ter sido apenas mais um de atividades regulares da Fórmula 1 em Ímola, mas acabou ficando marcado como o início do fim de semana mais tenebroso da história da categoria. Antes dos acidentes fatais do austríaco Roland Ratzenberger e de Ayrton Senna, que aconteceram no sábado e no domingo, respectivamente, Rubens Barrichello quase entrou para a lista de vítimas fatais do circuito italiano.
A 225 km/h, Rubens perdeu o controle do carro, subiu na zebra e foi pelos ares. A Jordan passou por cima da barreira protetora de pneus, bateu de lado na tela de proteção diante de uma das arquibancadas, caiu na grama lateral à pista e ainda capotou duas vezes antes de parar com as rodas para cima. Uma batida terrível. Por causa do impacto de sua cabeça contra o cockpit, o capacete do brasileiro chegou a quebrar.
De acordo com o médico, o piloto engoliu a língua e ficou “morto por alguns minutos”. A eficiência da equipe de resgate no circuito foi fundamental, dada a violência da batida, que teve o impacto de 90G — que corresponde a 90 vezes o peso do piloto, que, na época, era de 72kg. Logo em seguida, Barrichello foi encaminhado para o centro médico do autódromo, onde foi submetido à uma tomografia computadorizada. Foi lá, inclusive, que recebeu a visita de Senna, que imediatamente saiu dos boxes da Williams para acompanhar de perto a situação.
Logo em seguida, Rubens foi levado para o hospital Maggiore, em Bolonha, a 35 km de distância, onde ficou sob observação. Internado, o jovem piloto não só recebeu mais uma vez a visita de Ayrton, mas também de Christian Fittipaldi, terceiro brasileiro do grid e que competia pela Footwork. No sábado, após surpreendente recuperação, Barrichello foi liberado e marcou presença no autódromo para acompanhar de perto as atividades.