O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou nessa última quarta-feira (25), em um evento promovido pelo banco J. Safra em São Paulo, que “pessoas fantasiam” ao alegarem que o governo está forçando a elaboração de um Orçamento irreal. Segundo Haddad, a equipe econômica está focada em corrigir “maquiagem” fiscal de gestões anteriores.
“Você não pode chamar um técnico e falar, olha, mude isso aqui que eu estou achando que vai dar meno. Às vezes as pessoas fantasiam uma possibilidade que não existe na máquina pública”, afirmou Haddad.
O ministro também citou que novas medidas para controle de despesas públicas estão sendo estudadas e podem incluir revisões de programas sociais. No entanto, ressaltou que essas iniciativas só serão formalizadas após a validação do Palácio do Planalto.
Recentemente, o governo revisou o congelamento de verbas, reduzindo a contenção orçamentária de R$ 15 bilhões para R$ 13,3 bilhões.
“Nós estamos fazendo o oposto disso, nós estamos corrigindo”, reforçou.
Entre as ações recentes que geraram críticas estão a proposta de financiar o auxílio-gás fora do Orçamento e o uso de fundos privados para políticas públicas, além de uma tentativa de utilizar recursos esquecidos em bancos para melhorar o resultado fiscal, medida que enfrenta resistência do Banco Central.
O ministro defendeu que o governo tem adotado uma política de controle das despesas, com crescimento real limitado a 2,5% ao ano, enquanto as receitas podem registrar alta superior a 9% em 2024.
Hadda também mencionou que as agências de classificação de risco estão revisando positivamente a nota de crédito do Brasil, com expectativa de novos avanços até 2025.
“há expectativa de que isso vá continuar acontecendo em 2025”, afirmou Haddad.
Sobre o futuro econômico, Haddad afirmou que o Brasil tem potencial para crescer mais de 2,5% ao ano durante o atual mandato presidencial, e que a inflação em 2024 será menor do que a registrada em 2023.
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