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Homem é inocentado após passar quase 20 anos no corredor da morte

Agora com 68 anos, Kerry Cook foi formalmente considerado inocente do assassinato de Linda Jo Edwards, em 1977. - Foto: Tyler Morning Telegraph
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Cook é uma das pelo menos 199 pessoas que foram condenadas injustamente e sentenciadas à morte, que foram exoneradas desde 1973.

O Tribunal de Apelações Criminais do Texas exonerou Kerry Max Cook do assassinato de Linda Jo Edwards, depois de quase 47 anos, considerando-o inocente de um crime pelo qual passou quase 20 anos no corredor da morte.

A decisão, emitida na quarta-feira (19) pelo tribunal, afirmou que as provas favoráveis ​​a Cook foram retidas e que algumas das provas apresentadas em seu primeiro julgamento em 1978 foi posteriormente revelado como falso.

O juiz Bert Richardson alegou que “este caso está repleto de alegações de má conduta do Estado que justificam a anulação da condenação do requerente”.

“E quando se trata de um forte apoio à inocência real, este caso contém tudo: violações incontestadas de Brady, evidências de perjúrio, admissões de perjúrio e novas evidências científicas”, completou o juiz.

Kerry Max Cook sentado em sua cela no corredor da morte em 1979. – Foto: Bruce Jackson/AP

De acordo com o Centro de Informações sobre Pena de Morte, Cook é uma das pelo menos 199 pessoas que foram condenadas injustamente e sentenciadas à morte, que foram exoneradas desde 1973.

A pena capital é legal em 27 estados.

Julgamentos

Em 1979, Cook foi condenado à morte em seu primeiro julgamento, mas sua condenação foi posteriormente anulada em recurso.

Kerry Max Cook foi acusado de estupro, assassinato e mutilação de Linda Jo Edwards, de 21 anos, em 1977. – Foto: Arquivos KETK de 1999

O segundo julgamento terminou em anulação, em 1992, quando o júri não conseguiu chegar a um veredicto unânime.

Um terceiro julgamento terminou com uma nova condenação e pena de morte, em 1994.

O Tribunal de Apelações Criminais do Texas anulou o segundo veredicto em 1996, citando má conduta da polícia e dos promotores.

Cook se tornou suspeito por morar no mesmo complexo de apartamentos da vítima. Um conjunto de impressões digitais na porta deslizante do pátio de Edwards correspondia às de Cook.

Análises científicas e depoimentos de especialistas desmentiram a alegação de que as pegadas encontradas na porta do pátio eram “frescas”.

Cook se tornou suspeito por morar no mesmo complexo de apartamentos da vítima. – Foto: Arquivos KETK de 1999

Em 1999, os resultados dos testes de DNA realizados nas roupas íntimas de Edwards não correspondiam aos de Cook.

Um presidiário da Cadeia do Condado de Smith e a principal testemunha no primeiro julgamento de Cook, Edward Scott Jackson, testemunhou que Cook lhe dissera que era culpado pelo crime.

Em outro momento, Edward retratou seu testemunho, dizendo: “Eu menti sobre ele para me salvar”, admitindo que mentiu em troca de uma pena reduzida.

O Estado ofereceu a Cook um acordo “sem contestação” por assassinato antes de um quarto julgamento no mesmo ano.

Ele foi condenado a 20 anos e o tempo cumprido foi descontado, permitindo-lhe ser libertado. No entanto, a condenação permaneceu.

Agora com 68 anos, Kerry Cook foi formalmente considerado inocente do assassinato de Linda Jo Edwards, de 21 anos, em 1977.

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